Alemanha tomou medidas necessárias para conter contaminação de ovos, diz embaixador da UE

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Danilo Macedo e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – O representante da União Europeia no Brasil, o embaixador português João José Soares Pacheco, disse hoje (7) que são suficientes as medidas tomadas para conter a contaminação por dioxina – substância tóxica encontrada em ovos produzidos na Alemanha que também chegaram à Holanda e Inglaterra.

A origem da contaminação foi de óleos que seriam usados como biocombustíveis e, por acidente, foram distribuídos para a fabricação de rações de suínos e aves. O governo alemão anunciou ontem (6) à noite o fechamento de 4.700 sítios e granjas. “Não queremos que o produto entre no circuito europeu”, afirmou Pacheco, em entrevista à Agência Brasil.

A dioxina, composto químico ligado ao desenvolvimento de câncer e que pode afetar mulheres grávidas, foi encontrada em pequenas quantidades, segundo autoridades britânicas e alemãs. Elas garantem que não há risco à saúde humana. O fechamento dos estabelecimentos seria apenas uma precaução.

O embaixador afirmou que não há risco do problema afetar o Brasil, pois o país não importa ração nem ovos da Alemanha. A Coreia do Sul, no entanto, anunciou a suspensão das importações de ovos e carnes de porco e de frango, animais que podem ter sido alimentados com a ração contaminada, da Alemanha.

A contaminação com dioxina foi descoberta no final de dezembro, mas revelada apenas no início da semana, quando autoridades alemãs informaram a presença da substância tóxica em 3 mil toneladas de ração. O incidente deve levar a União Europeia a implementar novas regras para a fabricação de rações animais.

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