Após cinco anos, balança volta a registrar superávit num mês de janeiro: US$ 923 milhões

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Da Redação (*)

Brasília – Graças a uma das mais fortes contrações registrada nos últimos tempos no volume global das importações –uma queda de -36%- a balança comercial fechou o mês de janeiro com um superávit de US$ 923 milhões, o primeiro saldo positivo registrado para o mês desde o ano de 2011, quando as exportações superaram as importações em US$ 2,5 bilhões. O saldo positivo do último mês de janeiro foi o maior obtido pelo Pais para o mês em nove anos.

O resultado é fruto de exportações no montante de US$ 11,246 bilhões (queda de 14% em comparação com igual período do ano passado) e importações no valor total de US$ 10,323 bilhões, o menor valor importado pelo Brasil desde 2009. Os dados foram divulgados hoje (1) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em 2015, o Brasil obteve um superávit comercial de US$ 19,7 bilhões.

Apesar superaram as importações em janeiro, as vendas externas continuaram caindo, a exemplo do que vinha ocorrendo no ano passado. A média diária exportada, que corresponde ao volume financeiro por dia útil, ficou em US$ 562,3 milhões em janeiro deste ano.

Houve queda de 26,3% em relação a dezembro e de 13,8% na comparação com janeiro de 2015. Já a média diária importada foi US$ 516 milhões, o que significa aumento de 7,7% frente à dezembro e queda de 35,8% sobre janeiro do ano passado.

Nova metodologia

Os dados da balança comercial deste mês têm como base uma nova metodologia. A partir de agora, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), responsável pelos dados, vai usar a Classificação por Grandes Categorias Econômicas para os produtos, em vez da Classificação Segundo o Uso e Destino Econômico.

Segundo o Ministério, as mudanças não alteram os valores de exportação, importação e, consequentemente, do saldo comercial. O objetivo da alteração é igualar a classificação usada para balança à utilizada por organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e também pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

(*) Com informações da Agência Brasil

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