Após um janeiro promissor, exportações brasileiras para os EUA recuam  9,23% em fevereiro

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Da Redação

Brasília –  A queda de 39,70% nas exportações de petróleo, que somaram US$ 326 milhões, foi um dos fatores responsáveis pela retração de 9,23% nas vendas brasileiras para os Estados Unidos no mês de fevereiro, comparativamente com o mês de janeiro, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No bimestre janeiro/fevereiro, as exportações totalizaram US$ 3,753 bilhões, contra US$ 3,953 bilhões exportados para os Estados Unidos em igual período do ano passado.

Os dados do MDIC mostram uma retração ainda mais forte das exportações americanas para o Brasil. Em janeiro, elas totalizaram US$ 2,524 bilhões e tiveram uma redução de 20,89% em fevereiro, quando somaram apenas US$ 1,996 bilhão. Com isso, em fevereiro a balança comercial bilateral gerou para os Estados Unidos um superávit de US$ 211 milhões, contra um saldo de US$ 556 milhões obtido no primeiro mês deste ano.

Além do petróleo, afetado pela queda nos preços da commodity no mercado internacional, outros produtos relevantes na pauta exportadora para os Estados Unidos apresentaram queda de receita no mês de fevereiro. A pasta química de madeira, por exemplo, teve uma retração de 16,13% para US$ 110 milhões, enquanto as vendas de produtos semimanufaturados, de outras ligas de aços recuaram 27,97% e somaram US$ 91 milhões.

De positivo, as trocas com os Estados Unidos registraram aumento nas exportações de partes de turborreatores ou turbopropulsores, que proporcionaram uma receita de US$ 228 milhões, de café não torrado, não descafeinado, em grão, no total de US$ 192 milhões (aumento de 25,37% em relação ao mês de janeiro) e de álcool etílico, com uma elevação de  17,39% para US$ 75 milhões. Importante também foi o aumento de 92,69% para US$ 58 milhões nas exportações de preparações alimentícias e conservas, de bovinos.

Do lado americano, as estatísticas mosram quedas acentuadas em praticamente todos os principais produtos que integram a pauta exportadora para o Brasil, à exceção das partes de turborreatores ou de turbopropulsores, com alta de US$ 10,48% para US$ 250 milhões.

Outros produtos apresentaram quedas relevantes. Foi o caso, por exemplo, do oleo diesel, com uma redução de 59,07% para US$ 249 milhões, de hulha betuminosa, não aglomerada, em queda de  31,24% para US$ 111 milhões, ou de outros propanos liquefeitos, que tiveram uma queda de 72,86% e geraram receita de US$  73 milhões.

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