Com importações em forte queda, Brasil dobra superávit na balança comercial com a China

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Da Redação

Brasília –  Uma forte queda de 32,31% nas exportações chinesas somada a uma ligeira alta de 1,81% nas vendas brasileiras fizeram com que o Brasil alcançasse um superávit de US$ 10,811 bilhões no intercâmbio comercial com o país asiático nos oito primeiros meses deste ano. O saldo é  mais de duas vezes e meia superior àquele registrado em igual período de 2015, quando a balança bilateral foi favorável ao Brasil em US$ 405 bilhões e corresponde a quase um terço do total de US$ 32,37 bilhões de saldo comercial total obtido pelo Brasil no período janeiro/agosto. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Nos oito primeiros meses do ano as exportações para a China totalizaram US$ 25,955 bilhões e o mercado chinês, principal cliente do Brasil no exterior, foi o destino final de 21% dos embarques brasileiros para o exterior. Por outro lado, as vendas chinesas ao Brasil apresentaram forte queda de 32,31% e somaram US$ 15,44 bilhões, o que fez do país asiático o segundo maior exportador para o Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos.

Os dados do MDIC mostram ainda uma forte concentração das exportações brasileiras nos produtos básicos. De janeiro a agosto a venda desses produtos, liderada pela soja, minério de ferro e petróleo, representou 82,6% das exportações globais para a China. A receita obtida chegou a US$ 21,44 bilhões. As exportações de produtos semimanufaturados tiveram um crescimento de 5,8% e totalizaram  US$ 3,22 bilhões, correspondentes a 12,4% do volume exportado para a China. Enquanto isso, os embarques de produtos industrializados cresceram 48,8% mas tiveram uma participação modesta (de apenas 4,95%) no total exportado e atingiram a cifra de US$  1,28 bilhão.

Enquanto as exportações brasileiras seguem fortemente concentradas nos produtos básicos de menor valor agregado, os produtos industrializados foram responsáveis por  97,2% das vendas chinesas ao Brasil. E ainda que as exportações desses produtos tenham caído 32,3% de janeiro a agosto, elas geraram uma receita no montante de US$ 14,7 bilhões. Os produtos básicos resultaram em embarques no valor de US$ 377 milhões e tiveram uma participação de  2,49% nas exportações totais da China para o Brasil.

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