Exportações de automóveis têm o melhor resultado da série histórica para o quadrimestre

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Da Redação (*)

Brasília – As exportações de automóveis caíram 14,2% em abril ante março, mas aumentaram 48,1% na comparação com abril do ano passado. Considerando o primeiro quadrimestre, a alta foi de 64,2%, com 232,2 mil unidades vendidas, o melhor resultado da série histórica para os primeiros quatro meses de um ano. Os dados foram divulgados hoje (5) em São Paulo, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Segundo o presidente da Anfavea, Antonio Megale, “as exportações continuam sendo fortes, foi o melhor quadrimestre da história. A cada três carros, dois são vendidos para mercado interno e um vai para exportação, isso é esforço conjunto das empresas, mas também do aperfeiçoamento dos acordos comerciais com outros países.”

Segundo a Anfavea, a venda de automóveis novos caiu 3,7 % em abril na comparação com o mesmo mês de 2016, com 156,9 mil unidades emplacadas. Na comparação com março deste ano, a queda nas vendas em abril chega a 17,1%.

Uma das causas para a redução, segundo Antonio Megale, foi a quantidade de dias úteis em abril deste ano por causa dos feriados e da greve geral da última semana. “Estamos na tendência da estabilização, mas ainda não chegamos lá. Abril teve 18 dias úteis e ainda manifestações no último dia útil do mês, mas a média diária de emplacamentos apresentou um número positivo [crescimento de 6% em relação a março]”, ponderou.

No acumulado do ano até abril, as vendas de automóveis novos caíram 2,4% em relação ao primeiro quadrimestre de 2016, apesar de a produção ter crescido 20,9% no mesmo período.

Segundo Megale, a expectativa é que as vendas do setor melhorem nos próximos meses. “Acreditamos que em maio teremos um mês importante em resultados por uma questão de dias úteis.”

O mercado de caminhões novos também registrou queda nas vendas em abril. Foram 3,5 mil veículos emplacados no mês passado, 15,5% a menos que em março e 17,4% menor que o resultado de abril de 2016. Segundo o vice-presidente da Anfavea, Luis Carlos Gomes de Moraes, no caso dos caminhões, o mau resultado tem relação direta com as dificuldades da economia do país. “O setor depende do PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país] e o governo sinaliza que o segundo semestre será melhor. Contamos ainda com os aumentos de investimento e infraestrutura.”

As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias caíram 7,7% em abril na comparação com março. No entanto, em relação a abril do ano passado, houve crescimento de 14,3%. “Embora tenha apresentado bons resultados e crescimento expressivo no acumulado, ainda não chegou na média dos últimos anos”, observou Megale. “Mas a tendência é positiva levando em conta o excelente safra que estamos tendo”, completou o presidente da Anfavea.

Emprego

Os postos de trabalho no setor seguem estáveis, segundo a Anfavea, com ligeira queda em abril, de 0,1%, na comparação com março. “Nos empregos a situação é estável. As empresas estão aguardando uma recuperação de mercado a partir do segundo semestre [para contratar]”, observou Megale, que disse apoiar as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo e em tramitação no Congresso Nacional.

“Estamos vendo alguns sinais de recuperação e apoiamos fortemente as mudanças e reformas propostas pelo governo. Entendemos que a reforma trabalhista é um avanço na modernidade das relações de trabalho.”

(*) Com informações da Agência Brasil

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