Ibraf prevê que exportações brasileiras de frutas frescas permanecerão estabilizadas em 2013

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 Da Redação com informações do Ibraf

São Paulo –  As exportações brasileiras de frutas frescas totalizaram US$ 619 milhões em 2012, uma pequena queda ante as vendas externas no valor de US$ 633 milhões registradas em 2011. No que diz respeito ao volume exportado, ano passado foram embarcadas 693 mil toneladas de frutas, um ligeiro acréscimo em relação às 681 mil toneladas vendidas ao exterior em 2011.

Na opinião de  Moacyr Saraiva Fernandes, diretor-presidente do Ibraf, “as expectativas para as exportações em 2013 devem ficar estáveis em níveis semelhantes a 2012, pois as dificuldades encontradas em 2012 devem se repetir este ano, com os valores negociados no mercado internacional ainda menores, devido à persistência da crise econômica. Também tivemos alguns problemas climáticos em regiões produtoras que podem sofrer baixas em volume de produção destinada à exportação. Além disso, os exportadores estão comercializando grande parte de sua produção no mercado brasileiro cada vez mais aquecido.”

Em relação ao ano passado, merecem destaque o melão, limão e manga com crescimento nas exportações da ordem de 7,2% (melão), 9,5% (limão) e 0,5% (manga) comparativamente a 2011.

O melão foi o fruto brasileiro mais exportado em 2012, com 181,7 mil toneladas. A manga, por sua vez, trouxe mais divisas para o país, com US$ 137 milhões. Estes resultados se refletem entre os estados com maiores vendas ao exterior: o Ceará, um dos principais produtores de melões, foi o que teve a maior exportação em tonelagem (146,5 mil toneladas) enquanto a Bahia, grande produtor de manga, foi quem mais arrecadou no comércio internacional (US$ 130,3 milhões).

Os principais destinos das frutas frescas brasileiras foram Holanda, com mais de um terço do valor e do volume totais (respectivamente 42% e 39%); Reino Unido (20% do valor e 18% do volume); e Espanha (10,% e 12%). A lista dos dez maiores importadores de frutas brasileiras no último ano se completa com Estados Unidos, Alemanha, Argentina, Portugal e França.

Por sua vez, as importações de frutas frescas apresentaram uma queda de 7% em volume e uma leve alta de 0,5% em valor em relação ao ano de 2011. A pera é a principal fruta importada em volume e valor, com 217 mil toneladas e US$ 224 milhões, seguida por maçãs, ameixas, uvas, kiwis e pêssegos, tendo como origem principal a Argentina, seguidos por Chile, Espanha, Portugal e Itália.

Frutas processadas

Quanto às frutas processadas, os sucos de laranja assumem as primeiras posições de mais exportados. Considerando todos os tipos de sucos de laranja, em 2012 as exportações em volume apresentaram uma retração de 5,5% e em valor uma queda de 4,2%, em relação ao ano anterior. Foram exportadas 1,9 milhão de toneladas, correspondente a uma receita de US$ 2,3 bilhões.

Em relação aos outros principais sucos de frutas, as exportações dos sucos de maçã cresceram 17,25% em volume e 23,21% em valor. Porém as exportações de sucos de uva recuaram 45,52% em volume e 58,0% em valor. A demanda interna e os preços favoráveis inibiram as exportações.

Quanto aos sucos de frutas tropicais, o principal item, os sucos de abacaxi concentrado também apresentaram retração de 57% em volume e 54 % em valor.

No que se refere às nozes e castanhas tropicais, o Brasil exportou 37.000 toneladas de castanhas de caju beneficiadas (sem casca) no valor de US$ 187 milhões, o que significou uma retração em volume de 3,7% e de 18,1% em valor, em relação a 2011.

A queda no volume exportado se deve ao fato de que o Brasil passa por sérios problemas na produção de castanha de caju e isto tem levado o país a ter que realizar importações do produto para cumprir compromissos comerciais previamente assumidos com antigos clientes no exterior.

Com relação à Castanha do Brasil (Castanha do Pará) as exportações brasileiras do produto totalizaram 10,3 mil toneladas, gerando uma receita de mais de US$ 20 milhões. Em 2012 registrou-se uma expansão de 1,7% em termos de volume exportado e de 48,7% na receita obtida com as vendas externas do produto. A demanda internacional pela Castanha do Brasil tem sido maior que a oferta, o que explica sua valorização.

Os países que tiveram o maior volume de exportação de frutas processadas em 2012 foram Bélgica (39%), Holanda (23%) e EUA (22%), e a lista dos 10 países que mais exportaram se finaliza com Japão, Reino Unido, China, Suíça e Austrália.

Já a importação de frutas processadas apresentou uma queda de 4% em volume e uma alta de receita da ordem 2,7%, com quase 190 mil toneladas. A castanha do caju liderou a lista dos produtos importados, com uma variação de 36% em volume, seguida de uvas secas, com uma pequena variação de 1,3% e doces, purês e pastas de outras frutas, com uma queda de 46,9% entre os dois últimos anos.

A diminuição no volume de importação ocorreu devido à boa safra brasileira, principalmente de maçãs e pêssegos e a atratividade do mercado interno faz com que os exportadores destinem volumes cada vez maiores ao mercado.

Eventos Esportivos

 

A balança comercial de frutas frescas e processadas deve continuar superavitária no ano de 2013, mas o setor já trabalha em diferenciação de produto para agregar valor às exportações da cadeia frutícola.

O Brasil vive um momento de preparação para a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e Olimpíadas em 2016, eventos durante os quais o país pretende receber turistas de todo o mundo com seus produtos sustentáveis.

O setor de frutas está otimista, pois vê nesses megaeventos um período onde surgirão muitas oportunidades de novos negócios e considera que através deles o país poderá mostrar ao mundo suas frutas com diferencial de sabor, qualidade, segurança alimentar e produção sustentável, além de toda diversidade que o Brasil pode oferecer, com frutas tropicais, exóticas e temperadas e uma produção que supera os 45 milhões de toneladas anuais.

“Frutas e derivados de frutas de qualidade e sustentabilidade! É com esse espírito que as empresas brasileiras vão receber o mundo para os eventos esportivos que virão”, disse o diretor-presidente do Ibraf.

A cada ano, o setor investe mais em tecnologia e novos métodos produção das frutas visando à oferta de produtos de alta qualidade, segurança alimentar e sustentabilidade. Polpas, concentrados, frutas congeladas, nozes e castanhas, água de coco, sucos, néctares são apenas alguns dos produtos derivados da fruta brasileira produzidas para atender a indústria mundial da alimentação, que necessita, de forma crescente, diversificar e inovar seus produtos, que podem ser valorizados pelos sabores e aromas marcantes conjugados às vantagens nutricionais e nutracêuticos que as frutas brasileiras proporcionam aos seus consumidores.

Os produtos são extraídos de frutas frescas saudáveis e de qualidade, garantindo um alimento com aroma e sabores naturais das frutas, além de elaborados sob rigoroso controle no processo de produção, visando manter as características naturais da fruta.

O Ibraf, em parceria com a Apex-Brasil e os produtores e exportadores de frutas frescas e processadas através do Programa Brazilian Fruit, vai receber os turistas com produtos diferenciados, possibilitando a degustação de nossas frutas frescas e processadas, fazendo com que levem como recordação o sabor diferenciado das frutas brasileiras.

Sobre o Ibraf

O Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas) é uma organização privada sem fins lucrativos, fundada em 1989, por lideranças do setor frutícola, com a missão de promover o crescimento organizado do setor, desenvolvendo ações efetivas para produtores de frutas, agroindústrias de processamento, fornecedores de produtos, fornecedores de serviços, entre outros, ou seja, toda a cadeia frutícola. Possui hoje 118 associados de todas as regiões do Brasil.

Sobre o Brazilian Fruit

 

Criado em 1998, o Brazilian Fruit é um projeto do Ibraf e da Apex-Brasil para promover e divulgar não só a qualidade e a diversidade da produção brasileira de frutas como também posicionar o Brasil como grande e rotineiro supridor mundial de frutas frescas e processadas. A marca Brazilian Fruit é sinônimo de qualidade, excelência, profissionalismo, consistência, seriedade e confiabilidade. Atualmente, o projeto inclui mais de 30 tipos de frutas além de diferentes frutas processadas.

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