Importações brasileiras desabam e comércio com a América do Sul retrocede aos níveis de 2009

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Da Redação

Brasília –  De janeiro a agosto, o Brasil reduziu em 24,66% as suas importações e nesse contexto de compras externas em forte desaceleração os países da América do Sul  viram suas exportações para seu principal parceiro no subcontinente desabar 21,35%. No período, as exportações brasileiras para os países vizinhos também se reduziram, ainda que em um ritmo menos acentuado: -6,87%. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

 Mantida essa tendência de forte retração das vendas nos dois sentidos, o fluxo de comércio entre o Brasil e os outros nove países da América do Sul deve fechar o ano em nível próximo ou mesmo inferior àquele registrado em 2009, quando as trocas trocas bilaterais somaram US$ 46,123 bilhões, resultado de exportações brasileiras no total de US$ 23,008 bilhões e vendas sul-americanas da ordem de US$ 19,115 bilhões.

Números muito distantes das cifras recordes registradas em 2011, quando o comércio bilateral alcançou o montante histórico de US$ 76,168 bilhões, com exportações brasileiras de US$ 46,262 bilhões e importações totalizando US$ 30,906 bilhões. Naquele ano, o saldo a favor do Brasil registrou a cifra recorde de US$ 14,356 bilhões.

Nos oito primeiros meses de 2016, as exportações brasileiras para a America do Sul totalizaram US$ 19,285 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 12,132 bilhões e as trocas com esses países proporcionaram ao Brasil um superávit de US$ 7,153 bIlhões.

Entre janeiro e agosto, as exportações brasileiras de produtos básicos, responsáveis por 15,2% de todo o volume embarcado para os países vizinhos, totalizaram US$ 2,93 bilhões, com uma queda de 15,5% comparativamente com igual período de 2015. As vendas de semimanufaturados (participação de 3,04% no total exportado) atingiram o montante de US$ 585 milhões e tiveram uma alta de 11,7%. Finalmente, o item principal na pauta exportadora brasileira para os países sulamericanos, os produtos industrializados (participação de 81,5% no volume  total exportado) geraram uma receita no valor de US$ 15,72 bilhões.

Do lado das importações, foram registradas quedas relevantes em todas as categorias  de produtos. Os itens básicos (participação de 36,7% nas compras brasileiras) somaram US$ 4,45 bilhões e tiveram uma retração de 17,9%. A queda nas exportações dos produtos semimanufaturados (participação de 8,53% nas exportações destinadas ao Brasil) chegou a 21,9%, o que fez a receita despencar para US$ 1,03 bilhão. E ainda mais acentuada (-25,4%) foi a redução nas exportações ao Brasil dos produtos industrializados, de maior valor agregado,  que somaram US$ 6,64 bilhões. Os bens manufaturados responderam por 54,8% do total  vendido pelos países sul-americanos ao Brasil.

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