Mel paraibano recebe selo do SIF e poderá ser exportado

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Fonte: Agência Sebrae

João Pessoa – Com uma produção média de 50 toneladas ao ano, a Cooperativa Regional dos Produtores Rurais (Coaprodes), formada por cerca de 300 produtores de mel da região do Brejo e Curimataú paraibano, acaba de receber o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). O selo autoriza a comercialização do produto fora dos limites do Estado, assim como a importação. Com a autorização, a Paraíba tem a possibilidade de abrir novos mercados e expandir o crescimento do setor.

Para conquistar o selo fornecido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), a cooperativa realizou adequações nos processos de manipulação e envasamento do mel, assim como na estrutura. Com regras rígidas, o entreposto teve que atender ao limite de distanciamento de 50 metros das vias públicas, assim como determinar uma produção linear, com controle de qualidade da água, além de informações adicionais nos rótulos dos produtos.

Agora, os produtores poderão vender para farmácias, redes de supermercados, bem como abrir pontos próprios para comercialização. Para o consultor do Sebrae na Paraíba, Mário Dias, é um grande avanço para o projeto. “Antes do selo os produtores ficavam limitados à comercialização com o governo do Estado e prefeituras, agora poderão vender em pontos comerciais e até exportar”, comenta.

No entanto, para alcançar mercados fora do país, a Coaprodes precisa unir forças com outras associações e cooperativas para intensificar a produção, além de organizar estratégias específicas para cada público que deseje atingir.

Segundo o presidente da cooperativa, Paulo Rech, com as melhorias agregadas aos produtos, a Coaprodes investirá também no segmento do turismo. “Vamos estimular a comercialização entre os turistas, colocando nossos produtos à venda em estabelecimentos que serão frequentados na Copa de 2014”, antecipa Paulo. O foco no turismo é resultado da inserção da cooperativa no programa Talentos do Brasil Rural, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O selo também já rende inícios de negociações com grandes grupos, como o Walmart. Através do projeto Clube do Produtor, que iniciou contatos com agricultores familiares do Estado em 2010, a demanda da rede multinacional teve um entrave justamente pela produção da cooperativa não ser selada naquele momento.

Agora com o SIF, a cooperativa poderá formalizar o contrato com a rede e comercializar seus produtos nas prateleiras das lojas na capital e do interior. Outro grupo que demonstrou interesse em comercializar a produção de mel foi o Pão de Açúcar.

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