Abemel projeta conquistar novos mercados para o mel brasileiro com participação no Apimondia

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Da Redação

Brasília – A Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel) e seis empresas associadas participarão, de 28 de setembro a 4 de outubro, do 45º. Congresso Internacional de Apicultura, Apimondia, em Istambul (Turquia)  com um obetivo principal: conquistar novos mercados para o mel brasileiro.  A participação brasileira se dará através de um estande da Abemel e estandes próprios das empresas Apiário Sol, Apis Flora, Essenciale, Itabrasil Própolis, Melbrás e Miramel.

Segundo o presidente da Abemel, Agenor Sartori Castagna, “Apimondia é o maior evento da apicultura mundial e aguardamos com grande expectativa nossa participação nesse próximo evento. Na edição de 2015 alcançamos resultados bastante expressivos e foram fechados negócios diretos no montante de US$ 5,4 milhões e acreditamos que este ano podemos obter um resultado ainda mais expressivo “.

Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) apontam os Estados Unidos como o principal mercado para o mel brasileiro, muito à frente dos demais países. De janeiro a junho, as exportações do produto geraram uma receita de US$ 71,57 milhões. Desse total,  US$ 66,51 milhões foram importados pelos Estados Unidos, destino final de 93% de todo o mel embarcado pelo Brasil para o exterior. O segundo maior cliente, a Bélgica, importou apenas US$ 651 mil, correspondentes a  0,91% das exportações.

Ao analisar a forte concentração das exportações em um único mercado, os Estados Unidos, Agenor Sartori Castagna ressalta que “obviamente temos todo interesse em aumentar nossas exportações para um mercado tão relevante quanto o americano. Mas também nos interessa evitar uma dependência exagerada de um único mercado e por isso mesmo iremos à Apimondia com o objetivo de aumentar nossa participação naqueles países onde já temos uma presença importante, como os Estados Unidos e países da Europa”.

Agenor Sartori Castagna, presidente da Abemel

Agenor Sartori Castagna destaca ainda que “também vamos buscar novos mercados, como por exemplo os países do Oriente Médio, que são grandes importadores do produto. Atualmente os países árabes importam apenas 0,5% do mel comercializado pelo Brasil no exterior e pretendemos aumentar essa participação”.

Com relação às perspectivas da exportação no segundo semestre, o presidente da Abemel mostra-se cauteloso e prefere não falar em números: “os resultados das exportações no primeiro semestre foram muito bons, com uma alta de 46,4% em relação a igual período de 2016, mas para o segundo semestre ainda não temos uma visão clara. Tudo vai depender de como estará o consumo em nível mundial. Dependerá também dos dados relativos à produção no Hemisfério Norte, mas ainda assim estamos otimistas. Acredito que fecharemos o ano com um aumento importante das exportações em relação ao ano passado”.

O comércio mundial de mel ultrapassa a cifra de US$ 2 bilhões e os maiores exportadores são a China, Argentina, Nova Zelândia, Alemanha e México. Segundo a Abemel, em  2015 o Brasil ocupou a oitava posição no ranking dos maiores exportadores de mel.

Na opinião de Agenor Sartori  Castagna “temos condições de figurar na relação dos cinco maiores exportadores do produto e para isso contamos com o trabalho de promoção comercial e inserção dos produtos apícolas no exterior desenvolvido através do Projeto Brazil Let’s  Bee, uma parceria da Abemel com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) com o objetivo de aumentar o valor e promover a internacionalização do mel brasileiro nos mercados da Alemanha,  Canadá, China, Estados Unidos, Japão, Indonésia e Emirados Árabes Unidos, entre outros”.

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