Foto: Divulgação/ANBA

Abics e Apex-Brasil assinam projeto em busca de novos mercados para o café brasileiro no exterior

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Brasília – Os presidentes da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), Pedro Guimarães, e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Sergio Segovia, assinaram, hoje, 31 de março, o projeto setorial “Instant Coffee Brazil – Explore & Enjoy”, que tem como objetivo ampliar os mercados mundiais ao café solúvel nacional.

Realizado de maneira virtual, através da plataforma Zoom, o evento contou com a participação do diretor de Relações Institucionais da Abics, Aguinaldo Lima, e de profissionais das indústrias associadas à entidade, que respondem por 99,5% da produção nacional de café solúvel.

“As ações do projeto pretendem turbinar as estratégias para alcançar a meta de crescimento de 50% no volume exportado no período de 2016 a 2025, que foi estabelecido no plano estratégico de desenvolvimento do café solúvel do Brasil, que elaboramos em 2015”, revela Lima.

O presidente da Abics completa que as atividades também serão desenvolvidas para consolidar a marca institucional do café solúvel do Brasil internacionalmente. “A intenção é desenvolver estratégias de inteligência de mercado e marketing, que ampliarão ainda mais a visibilidade dos produtos brasileiros, reforçando o conceito de que o Brasil, a ‘Nação do Café’, também é a ‘Nação do Café Solúvel’”, comenta Pedro Guimarães.

Além disso, o novo projeto pretende atrelar as estratégias de marketing às de sensibilização de negociações tarifárias. “Queremos estimular acordos comerciais juntos aos governos dos diversos países clientes do café solúvel brasileiro, incluindo a sensibilização do governo federal na inclusão do produto em acordos comerciais de blocos econômicos, negociações bilaterais, acordos tarifários individuais e pontuais, entre outros”, revela o diretor da Abics.

O Brasil, por falta de acordos comerciais, sofre forte taxação no café solúvel. Dos mais de 120 países que adquiriram o produto nos últimos 10 anos, apenas 38 países aplicam tarifa inferior a 5%. Nos demais, chega-se a impostos de importação que oscilam de 6% a 45%, impactando diretamente na competitividade com países concorrentes que detém acordos comerciais.

Mercados-alvo

Com vistas a defender o atual market share e ampliar ainda mais a presença do café solúvel brasileiro nas exportações, Abics e Apex-Brasil elencaram como principais mercados para as ações do novo projeto: China, Cingapura, Coreia do Sul, Filipinas, Turquia, Myanmar, Indonésia, Emirados Árabes e  Arábia Saudita.

“Quando se observa o desempenho das exportações entre 2013 e 2019, por continente, e o crescimento em volume dos principais países de destino, as oportunidades de mercados apresentam recortes de interesse, com destaque aos mercados da Ásia e do Oriente Médio, em especial nações da comunidade árabe”, conclui Lima.

O  setor

Há mais de 50 anos, o Brasil é líder mundial na produção de café solúvel, com representatividade de 14,6% do mercado global, e também na exportação, com market share de 15,4%. Há seis indústrias em operação no país, que, em 2020, fabricaram o equivalente a mais de 5,1 milhões de sacas de 60 kg.

Desde a implantação do primeiro projeto setorial por Abics e Apex-Brasil, em 2018, os embarques vêm batendo recordes sucessivos, tendo alcançado 4,1 milhões de sacas (9,2% do total) no ano passado, gerando divisas de US$ 537 milhões. O consumo interno também vem crescendo sistematicamente nos últimos quatro anos, aproximando-se do equivalente a 1 milhão de sacas em 2020, o que equivale a 4,5% do total de café consumido no Brasil.

(*) Com informações da Abics

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