Foto: Divulgação / BRF

ABPA projeta alta na produção e exportação de carne de frango e de carne suína em 2020

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São Paulo  –  A produção brasileira de carne de frango deverá crescer entre 3% e 4% em 2020, alcançando o total de 13,7 milhões de toneladas neste ano, projeta a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Os números foram apresentados hoje em coletiva de imprensa virtual, com participação de jornalistas de diversos estados.

As exportações do setor também devem crescer em patamares equivalentes, entre 3% e 5%, alcançando até 4,45 milhões de toneladas, prevê a Associação.

No mercado interno, os níveis de consumo também deverão crescer. As projeções indicam elevação de 2,5%, com total de 43,9 quilos per capita ano em 2020.

“O empenho setorial para a manutenção do abastecimento permitiu manter a produção e as exportações em bons níveis de crescimento.  Apesar dos impactos da pandemia, que restringiu este potencial, os indicadores apontam um horizonte positivo para a avicultura e a suinocultura do Brasil”, celebra Francisco Turra, presidente da ABPA.

Em carne suína, a produção prevista para o ano é 4% a 6,5% maior em relação ao efetivado em 2019, alcançando até 4,25 milhões de toneladas, segundo as projeções da associação.

A entidade antevê um salto expressivo nas exportações do ano, podendo alcançar pela primeira vez 1 milhão de toneladas, 33% a mais que o efetivado em 2019.

Já o consumo per capita de carne suína deverá se manter estável, com total de 15,3 quilos per capita no ano.

“A Ásia é o grande drive das exportações internacionais, não apenas do Brasil.  A lacuna deixada pela Peste Suína Africana na produção dos países asiáticos e no trade global continuará a ditar o comportamento das exportações brasileiras e dos demais exportadores internacionais de aves e de suínos. O bom desempenho das exportações reduz os impactos decorrentes da alta dos insumos e da elevação dos custos decorrentes da situação de pandemia”, ressalta Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA.

EXPORTAÇÕES 1° SEMESTRE 2020

Carne suína

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 96,1 mil toneladas em junho.  O número supera em 50,4% o volume embarcado no sexto mês de 2019, com total de 63,9 mil toneladas. Em receita, o desempenho mensal registrou alta de 43,4%, com US$ 198 milhões de saldo registrado em junho deste ano, frente a US$ 138,1 milhões em 2019.

No acumulado do ano, as vendas de carne suína seguem 37,01% maior este ano, em comparação com 2019. Foram 479,4 mil toneladas entre janeiro e junho de 2020, contra 349,9 mil toneladas exportadas nos seis primeiros meses do ano passado. Em receita, houve elevação de 52,5% no mesmo período comparativo, com US$ 1,076 bilhão este ano e US$ 705,6 milhões em 2019.

Carro-chefe das exportações brasileiras, as vendas para a Ásia chegaram a 374,5 mil toneladas no primeiro semestre deste ano, saldo 83,1% superior ao registrado em 2019.  A China, maior importadora de carne suína do Brasil, foi destino de 230,7 mil toneladas no período (+150,2%).  Hong Kong, no segundo posto, importou 18,6% a mais, com 92,9 mil toneladas. Outro mercado de destaque foi Singapura, com 27,8 mil toneladas (+51,6%).

Carne de frango

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 341,9 mil toneladas em junho, volume 12,4% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, com total de 390,5 mil toneladas. Em receita, o saldo de exportações chegou a US$ 446,5 milhões em junho, número 30,95% menor em relação ao registrado no mesmo período de 2019, com US$ 646,2 milhões.

No acumulado do ano, as vendas do setor se mantiveram positivas em 1,7%, com 2,106 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e junho deste ano, contra 2,072 milhões de toneladas em 2019. No mesmo período, as vendas para o mercado externo geraram receita de US$ 3,144 bilhões, número 8,8% menor em relação ao saldo do primeiro semestre de 2019, com US$ 3,448 bilhões.

Como no setor de suínos, o mercado asiático foi o principal destino das exportações brasileiras – chegaram a importar 837,3 mil toneladas no primeiro semestre, número 15% maior que o efetivado no mesmo período de 2019. Principal destino, as vendas para o mercado chinês seguem positivas, com alta de 32% e embarques de 346,3 mil toneladas entre janeiro e junho de 2020.  Singapura, com 67,6 mil toneladas (+49%), Filipinas, com 43,8 mil toneladas (+72%) e Vietnã, com 19,8 mil toneladas (+73%) foram os destaques nas vendas para a região neste ano.

(*)  Com informações da ABPA

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