Rio de Janeiro – O ex-ministro da Fazenda, Ernane Galvêas, faleceu na noite da quinta-feira (23), no Hospital Samaritano de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, após complicações de uma cirurgia de retirada de aneurisma. Galvêas completaria 100 anos no dia 1º de outubro. Ele deixa mulher, dois filhos, duas netas e três bisnetos. O velório está sendo realizado no Cemitério da Penitência, na região central do Rio, em uma cerimônia reservada à família.
Formado em economia, contabilidade e direito, exerceu importantes cargos públicos como ministro da Fazenda; presidente do Banco Central; representante do Brasil junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI); diretor-financeiro da Comissão de Marinha Mercante, diretor da Carteira de Comércio Exterior (CACEX), chefe-adjunto do departamento econômico da Superintendência da Moeda e o Crédito (Sumoc); e secretário executivo da Comissão Especial sobre Produtos Agrícolas. Galvêas era presidente de honra da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), consultor econômico da Presidência e presidente do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Galvêas lecionou política monetária, comércio internacional e moeda e crédito em cursos de ensino superior e de pós-graduação na Faculdade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro, na Faculdade de Ciências Econômicas do Estado da Guanabara e no Curso de Pós-Graduação do Conselho Nacional de Economia. Desde 1988, era consultor econômico da presidência da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e membro do conselho administrativo da Aracruz Celulose desde 2008.
Autor de artigos e mais de 60 livros, como Aprendiz de empresário (1983), Crises da minha vida (2017) e História contada do Banco Central do Brasil (2019). Enquanto ministro da Fazenda, definiu como sua área de competência a administração do balanço de pagamentos e do orçamento monetário, promovendo uma atuação entrosada com a Secretaria de Planejamento e os demais ministérios da área econômica.
Para o presidente executivo da AEB, José Augusto de Castro, o comércio exterior brasileiro perde um dos seus mais brilhantes ícones. “Sua trajetória de vida foi dedicada ao desenvolvimento econômico-social e indutor do aumento da produção, da produtividade, da capacitação competitiva e da geração de emprego e renda para o país. A AEB lamenta esta perda irreparável e ratifica a certeza de que o nome de Ernane Galvêas estará assegurado na história desta Entidade e do Comércio Exterior Brasileiro”, conclui.
(*) Com informações da AEB