AEB revisa projeção para a balança comercial em 2016 e projeta superávit de US$ 46,934 bilhões

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Da Redação

Brasília – A balança comercial brasileira deverá fechar o ano de 2016 com um superávit de US$ 46,934 bilhões devido a uma forte contração de -18,0% nas importações e uma queda de -1,9% nas exportações. Os dados fazem parte da revisão da balança comercial para 2016 divulgada hoje (l19) pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

De acordo com a Associação, as exportações devem totalizar US$ 187,504 bilhões (contra US$ 191,134 bilhões exportados em 2015) e as importações poderão atingir a cifra de US$ 140,570 bilhões (ante US$ 171,449 bilhões importados no ano passado).

A revisão divulgada pela AEB  em relação às exportações projeta uma queda  de -6,3% nas vendas de produtos básicos, puxada pela retração nas exportações de minério de ferro (-12,3%), petróleo em bruto (-15,3%) café em grão (-18,9%) e milho em grão (-18,4%).

 Em termos gerais, as vendas externas de produtos primários devem totalizar US$ 81,647 bilhões, ante US$ 87,188 bilhões exportados em 2015. Quanto aos produtos semimanufaturados, a expectativa é de que se registre uma elevação de +7,8%, com as exportações totalizando US$ 28,530 bilhões (US$ 26,463 bilhões exportados no ano passado).

Nesse segmento, destaque para as altas de +31,9% nas exportações de açúcar em bruto (receita de US$ 7,785 bilhões ante US$ 5,901 bilhões exportados em 2015), de ouro em formas, com elevação de +26,2% para US$ 1,952 bilhão (US$ 1,554 bilhão exportado no ano passado) e de +16% nas vendas de madeira serrada, que geraram receita no total de US$ 529 milhões.

 Por outro lado, as exportações de produtos industrializados devem registrar uma ligeira alta de +0,2% e a previsão da AEB é de uma receita no montante de US$ 72,927 bilhões, contra US$ 72,791 exportados em 2015.

As variações projetadas pela AEB para a balança comercial brasileira para os produtos manufaturados prevêem um aumento de +38,3% nas vendas externas de automóveis. Se a projeção se confirmar, a receita poderá totalizar US$ 4,654 bilhões, contra US$ 3,366 bilhões exportados no ano passado. A AEB também aposta num aumento de +2,5% nas exportações de aviões, prevendo uma receita no montante de US$ 4,136 bilhões. Ano passado, as vendas externas de aeronaves totalizaram US$ 4,034 bilhões. Outro destaque previsto para o segmento diz respeito ao aumento de +51,1% nas exportações de etanol, que poderão gerar receita no montante de US$ 1,330 bilhão.

Principal responsável pelo projetado superávit de US$ 46,934 bilhões para a balança comercial em 2016, a forte contração das importações atingiu todos os principais setores, de bens de capital a bens intermediários, de consumo e não especificados. Entre os bens de capital, a AEB aposta em uma queda de -5,7%, com as importações devendo somar US$ 18,059 bilhões, ante US$ 19,158 bilhões importados em 2015. Nesse segmento, as importações de equipamentos de transporte industrial devem desabar -37,3% para US$ 2,594 bilhões.

Retração igualmente forte deverá ocorrer nas importações de bens intermediários e a queda poderá situar-se em torno de -16,2%, com as compras externas somando US$ 83,283, contra US$ 99,445 importados em 2015. A maior queda acontecerá no setor de insumos industriais elaborados, com uma contração de -20,4% e importações no valor de US$ 46,726 bilhões. E a queda no setor só não foi maior devido ao aumento de +34,4% nas importações de alimenos e bebidas básicos, no total de US$ 2,291 bilhões.

Entre os bens de consumo duráveis, a AEB projeta forte contenção de -37,3% nas importações de automóveis, que podem totalizar US$ 3,141 bilhões. No ano passado, as compras externas de veículos automotivos somaram US$ 5,010 bilhões. Também devem cair de forma acentuada (-22,9%) as importações de bens de consumo duráveis, projetadas pela AEB para US$ 1,701 bilhão.

Além disso, a revisão feita pela AEB estima uma queda de -35,8% nas importações de combustíveis e lubrificantes, que podem passar de US$ 21,717 bilhões importados em 2015 para apenas US$ 13,938 bilhões adquiridos no exterior em 2016.

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