Após um péssimo 2019, exportações de veículos devem seguir ladeira abaixo em 2020

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Da Redação (*)

Brasília – Após registrar uma forte contração de 31,9% em 2019 comparativamente com 2019, os fabricantes de veículos terão que amargar em 2020 mais um ano com queda acentuada nas vendas externas de automóveis.

A estimativa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea) aponta para uma queda de 10,9% no volume exportado este ano em relação a 2019, o que significa o embarque de 381mil veículos para o exterior. Uma redução substantiva especialmente quando se compara o total embarcado com os dados de 2017, ano em que as montadoras instaladas no país exportaram 766 mil unidades. Em 2019 foram exportados 428 mil veículos.

Ao apresentar os dados da indústria automobilística em 2019, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, afirmou que “estamos muito conservadores com a exportação. A gente não está vendo, pelo menos em curto prazo, a retomada”, argumentando ainda que o país “é muito dependente da Argentina” em relação à comercialização no exterior e que não vê nada que possa tornar o cenário mais favorável nesse sentido.

Apesar dos números desanimadores na área das exportações, a Anfavea vê com otimismo as perspectivas de desempenho da indústria automobilística em 2020 e projeta para este ano um aumento de 9,4% na venda de veículos novos no país. A projeção é de que 3,05 milhões de unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus sejam licenciados. No ano passado, o volume foi de 2,79 milhões.

Em relação à produção para este ano, o volume deve chegar a 3,16 milhões. Em 2019, as montadoras fabricaram 2,94 milhões de unidades. A alta é de 7,3%, nesse caso.

Especificamente no que concerne a máquinas agrícolas e rodoviárias, as vendas internas devem subir 2,9%, enquanto se calcula uma elevação de 1% nas exportações.

No ano que se encerrou, constatou-se uma expansão de 8,6% nos licenciamentos de autoveículos, que bateram a marca de 2,57 milhões.

De 2018 para 2019, a baixa na produção e nas vendas provocou um encolhimento de 3,7% nas vagas de emprego do setor. Segundo a Anfavea, a soma de postos de trabalho passou de 130,5 mil para 125,6 mil.

(*) Com informações da Anfavea

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