Da Redação (*)
São Paulo – “Este é o momento para se investir em exportação. Precisamos olhar para o mercado externo”; A afirmação foi feita pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, em palestra realizada nesta segunda-feira (15), no encerramento do Seminário “Uma agenda para dinamizar a exportação de serviços”.
Segundo o ministro, o Brasil passa por um momento de ajuste, com contração do mercado doméstico e mais que nunca é importante buscar mercados no exterior. O evento, realizado em São Paulo, foi promovido pelo jornal Valor Econômico e reuniu representantes das principais empresas exportadoras do setor no Brasil.
O seminário também contou com a participação do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga, do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), do presidente do Sebrae Nacional, Luiz Eduardo Barreto Filho, do Diretor do Departamento de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Rodrigo Azevedo, além de representantes do setor privado.
O ministro Armando Monteiro ressaltou que o MDIC, com respaldo da Presidência da República, vem elaborando o Plano Nacional de Exportações, que deve ser lançado no próximo dia 23, com o objetivo de impulsionar as exportações brasileiras. Segundo Monteiro, “o Plano será estruturado em cinco pilares, sendo o principal deles voltado para as exportações de serviços, o que trata de financiamentos, seguros e garantias”.
“A postura mais ativa e pragmática do Brasil no comércio exterior também foi um ponto de destaque na fala do ministro. “A visão do MDIC é fortalecer os instrumentos já existentes de apoio às exportações”, frisou Armando Monteiro, que foi bastante aplaudido quando reforçou a necessidade das ferramentas de financiamento, seguros e garantias para o setor exportador de serviços.
“O MDIC assume um firme compromisso de fortalecer os instrumentos de apoio às exportações”, disse Monteiro. Segundo ele, nao é possível lançar o plano sem melhorar mecanismos como o Proex Equalização e o Proex Financiamento.
Monteiro lembrou também da necessidade de se avançar em acordos não tarifários, a exemplo do que vem sendo feito com os Estados Unidos. “Assinamos acordos que irão garantir a convergência reguladora e harmonização de normas em setores importantes para os dois países”, disse.
De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é crescente a participação do setor de serviços no comércio mundial. Atualmente, o setor já é responsável por cerca de 25% das trocas comerciais. A estimativa é que em 2025 essa participação suba para 75%.
Para Monteiro, o governo vem trabalhando numa agenda positiva, com o lançamento do Plano de Investimentos Logísticos, que vai ampliar a previsibilidade de regras e e tem modelagem adequada para que os projetos sejam atrativos para investidores externos, além do plano Safra, que vai destinar um volume significativo de recursos para esta que será a maior safra produzida pelo Brasil.
Serviços de engenharia
No encerramento de sua fala, Armando Monteiro mencionou a importante participação das empresas de engenharia brasileiras em mercados externos, como o latino americano e o africano. “A presença de empresas âncora garante a internacionalização de pequenas e médias empresas inseridas na cadeia fornecedora, assegurando milhares de empregos”, reforçou.
O ministro ressaltou que quando uma empresa de engenharia brasileira ganha uma concorrência internacional e executa uma obra, isso é exportação de serviços e, por isso, conta com instrumentos públicos de apoio.
(*) Com informações do MDIC