Avanço da Covid-19 no Brasil leva a China recomendar empresas a ampliar compras e estoques de alimentos

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Da Redação (*)

Brasilia – A China não menciona nominalmente o Brasil, mas com certeza foi o avanço descontrolado da pandemia de Covid-19 naquele que é seu principal parceiro comercial e maior fornecedor de alimentos que levou o governo de Pequim  a recomendar aos importadores estatais e privados e  empresas processadoras de alimentos a aumentarem os estoques de grãos e oleaginosas diante de uma possível segunda onda  do coronavírus no país e do agravamento das taxas de contaminações e número de óbitos em parceiros responsáveis pelo suprimento desses produtos para a China.

De acordo com informações procedentes de Pequim, assim como os produtores de alimentos receberam instruções para aumentar o volume das aquisições de soja em grãos, óleo de soja e milho.

A orientação foi transmitida ante o temor de que aconteça um colapso no fornecimento devido ao avanço da pandemia de Covid em países que são grandes fornecedores desses produtos para a China. O entendimento é de que nesses países pode acontecer o fechamento de um porto importante de origem, interrompendo o fluxo de alimentos para a China.

Os importadores estatais e privados chineses foram aconselhado a elevar os estoques e manter os suprimentos em níveis acima do normal para se precaver ante à possibilidade de redução nos embarques desses produtos para a China.

Em termos oficiais e mesmo em conversas reservadas, representantes do governo e do setor privado chineses evitam citar especificamente o Brasil quando falam sobre essas preocupações. Entretanto, com ou sem referência explícita, fontes do agronegócio brasileiro revelam que é evidente que a China se preocupa com a evolução da pandemia no Brasil.

E lembram que o pais é o maior exportador de soja em grãos para a China, que aumentou também as importações de farelo e óleo de soja no primeiro quadrimestre deste ano. Além disso, a China ampliou consideravelmente as importações de carne bovina brasileira, o que justificaria a preocupação com um possível colapso no embarque desses produtos para o mercado chinês.

(*) Com informações das Agências

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