Balança comercial do setor elétrico e eletrônico acumula até julho déficit de US$ 19,24 bilhões

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Da Redação (*)

Brasília – A balança comercial do setor elétrico e eletrônico acumulou até o mês de julho um déficit de US$ 19,24 bilhões, resultado superior em 29,2% ao verificado em igual período de 2020, quando a diferença entre exportações e importações ficou em US$ 14,78 bilhões.

Nos sete primeiros meses deste ano, as exportações somaram US$ 3,1 bilhões (alta de 23,7% sobre o mesmo período do ano passado) e as importações alcançaram a cifra de US$ 22,4 bilhões (incremento de 29,2% comparativamente com o mesmo período de 2020). Os dados são da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Apesar da melhora, o resultado acumulado nos primeiros sete meses deste ano estão 5% abaixo do verificado no acumulado de janeiro-julho de 2019 (US$ 3,3 bilhões), período anterior à pandemia.

Retomando a comparação com o resultado acumulado em janeiro-julho do ano anterior, verificaram-se taxas positivas em todas as áreas do setor, sendo que a maior delas ocorreu em Utilidades Domésticas (+70,9%).

Ainda referente à área de Utilidades Domésticas, ocorreram aumentos nas vendas externas de diversos produtos, tais como: freezers (+290%), pilhas elétricas secas (+154%) aparelhos de som e vídeo (+106%), fogões (+98%), aquecedores elétricos de água (+88%), entre outros.

As exportações da área de Material Elétrico de Instalação cresceram 45,4% influenciadas, principalmente, pela expansão de 57% nas vendas externas de disjuntores.

No caso de Componentes Elétricos e Eletrônicos (+32,5%), a elevação de US$ 1,1 bilhão em janeiro-julho de 2020 para US$ 1,5 bilhão em janeiro-julho de 2021 contou, principalmente, com os crescimentos de 71% nas vendas externas de eletrônica embarcada e de 58% em componentes para material elétrico de instalação.

Destacou-se também o acréscimo de 18% nas vendas externas de componentes para equipamentos industriais, principais produtos exportados do setor, que atingiram US$ 406 milhões.

O aumento de 29,9% nas exportações de bens de Informática ocorreu principalmente em função do crescimento de 396% nas vendas externas de distribuidores automáticos de papel-moeda, que passaram de US$ 3,9 milhões para US$ 19,3 milhões no período citado. Destaca-se que a expansão de 56% em máquinas para processamento de dados também contribuiu para o crescimento da área de Informática.

Enquanto que em Telecomunicações, o aumento das exportações ocorreu principalmente devido à expansão de 75% nas vendas externas de estações rádio-base.

As exportações de GTD ficaram estáveis (+0,1%). Nesse caso, observou-se, por um lado, aumento de 46% em transformadores, e por outro, queda de 12% nas vendas externas de grupos eletrogêneos e retração de 87% nas torres.

Importações

 As importações de produtos elétricos e eletrônicos atingiram US$ 22,4 bilhões no acumulado de janeiro-julho de 2021, resultado 29,2% acima do verificado em igual período de 2020 (US$ 17,3 bilhões)

Destaca-se que as importações acumuladas nos primeiros sete meses deste ano também foram superiores ao resultado apontado no período anterior à pandemia, apontando incremento de 21% em relação ao igual período de 2019 (US$ 18,5 bilhões).

Retomando a comparação de janeiro-julho de 2021 com o igual período do ano anterior, a maior taxa de crescimento ocorreu em Utilidades Domésticas (+74,7%) com elevações significativas em diversos produtos. Entre eles, destacaram-se: equipamentos de áudio e vídeo (+148%), fornos (+128%), panelas eletrotérmicas (+118%), ferramentas elétricas manuais (+100%), entre outros.

As importações de Componentes Elétricos e Eletrônicos cresceram 31,2%, passando de US$ 9,2 bilhões para US$ 12,0 bilhões, no acumulado de janeiro a julho de 2021, o que representou 54% do total de compras externas de bens do setor.

Ainda referente aos Componentes, destacou-se a elevação de 34% nas importações de semicondutores, principal produto importado do setor, que passou de US$ 2,3 bilhões para US$ 3,1 bilhões, no período citado.

Também foram significativas as importações de outros componentes, tais como: componentes para telecomunicações (+14%), eletrônica embarcada (+53%), componentes para informática (+42%), componentes para equipamentos industriais (+31%), componentes passivos (+34%) e componentes para material elétrico de instalação (+42%). Ressalta-se que todos estes itens ficaram entre os dez produtos mais importados do setor.

A área de GTD registrou expansão de 31,8% nas importações. Nesse caso, destacou-se o crescimento de 93% nas compras externas de módulos fotovoltaicos que somaram US$ 1,2 bilhão, quarto produto mais importado do setor.

As importações de Equipamentos Industriais (+30,6%), de Material Elétrico de Instalação (+28,8%) e de Automação Industrial (+20,1%) também apresentaram crescimentos importantes.

As importações de bens de Telecomunicações aumentaram 13,8% com destaque para a elevação de 76% nas importações de modem. A área de Informática registrou acréscimo de 11,1%. Neste caso, foram observados incrementos expressivos nas importações de mouses (+116%) e de teclados (+69%).

(*) Com informações da Abinee

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