Balança comercial fecha o mês de janeiro com um deficit recorde histórico de US$ 4,035 bilhões

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Da Redação

Brasília – A balança comercial brasileira registrou no mês de janeiro o pior resultado para o mês desde que se iniciou a série histórica, em 1959. No primeiro mês do ano, as importações brasileiras superaram as exportações em US$ 4,035 bilhões. Segundo informou nesta sexta-feira (1)  o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O saldo negativo de janeiro equivaleu a mais do dobro do maior deficit mensal que havia sido registrado anteriormente, no mês de dezembro de 1996, quando ficou em US$ 1,845 bilhão, de acordo com as séries históricas do MDIC, iniciada em 1993, e do Banco Central, que começou em 1959.

Segundo os dados do MDIC, as importações registraram o maior valor para meses de janeiro ao subirem 14,6% sobre o mesmo período do ano passado. Na comparação com dezembro, houve aumento de 3,9% pela média diária. Já as exportações alcançaram US$ 15,968 bilhões, com queda de 1,1% na comparação pela média diária, que ficou em US$ 725,8 milhões.

A performance fraca dos embarques para o exterior no primeiro mês do ano indica que 2013 também deverá ser um ano difícil para a venda dos produtos brasileiros no mercado internacional. Essa tendência é influenciada pelo baixo dinamismo do comércio exterior em decorrência da crise econômica mundial.

Segundo analistas, os resultados da balança comercial no primeiro mês do ano indicam que serão grandes as dificuldades de se cumprirem em 2013 as previsões feitas ao final do ano passado pelo Banco Central estimando que o País fechará este ano com um saldo positivo de US$ 17 bilhões, resultado de exportações no montante de US$ 268 bilhões e importações no total de US$ 251 bilhões.

A persistência da crise que atinge a Europa, a recuperação lenta da economia americana, a forte expansão das exportações chinesas para o Brasil e a elevação das importações feitas pela Petrobrás ao final do ano passado e em boa parte lançadas nas contas da balança comercial apenas no mês de dezembro e a serem registradas também nos meses subsequentes são fatores que segundo analistas do comércio exterior devem dificultar bastante o cumprimento da estimativa feita pelo Banco Central.

A esse cenário desfavorável somam-se às incertezas no câmbio. Nesta semana, o dólar ficou abaixo de R$ 2, após sete meses acima desse patamar, em uma aparente preocupação do governo com investimentos e inflação.

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