Balança comercial fechará 2019 com forte queda no superávit comercial, projetam AEB e FGV

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Da Redação

Brasília – A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia divulgará na próxima quinta-feira (2) os dados da balança comercial de 2019 e segundo previsão elaborada pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) no último dia 13 de dezembro, o país deverá registrar este ano um superávit de US$ 45,199 bilhões. O saldo resultaria de exportações no total de US$ 224,447 bilhões e importações no montante de US$ 179,248 bilhões.  Em 2018, a balança comercial gerou um superávit de US$ 58,659 bilhões. Em julho passado, levantamento realizado pela AEB projetava para 2019 um superávit de US$ 52,248 bilhões.

Até a segunda semana de dezembro, as exportações totalizaram US$ 214,93 bilhões, com redução anual de 7,3%, enquanto as importações registraram uma queda de  3,1% para US$ 171,60 bilhões, em relação ao valor registrado em igual período de 2018. Com isso, o saldo acumulado até a metade de dezembro chegou a US$ 43,330 bilhões.

De acordo com estudos realizados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base nos números acumulados até novembro, a perda de receita com as importações deveu-se à reduçao de 4,8%  nos reços e de 2% no volume total de mercadorias embarcadas para o exterior. No caso das importações, houve aumento de 2,3%no volume e recuo de 4,2% nos preços.

As vendas de commodities, correspondentes a 60% da receita geral cresceram 1,8% em volume e diminuíram 4,6% em preços. Com isso, a receita foi menor que a de um ano antes, o que foi atribuído pelos analistas da FGV ao menor crescimento das economias da China e da União Europeia, os dois principais parceiros comerciais do Brasil.

Por outro lado, as exportações de não commodities e em especial de produtos manufaturados, tiveram uma queda de 7% em volume e 5,3% em preços. A contração das exportações para a Argentina (principalmente de automóveis) e para outros países da América Latina, tradicionalmente grandes importadores dos produtos manufaturados brasileiros, explica boa parte dos números levantados pela AEB e pela FGV.

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