Balança comercial opera no azul e tem  superávit de US$ 349 milhões até 2ª. semana de junho

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Da Redação (*)

Brasília Após acumular sucessivos deficits desde o início do ano, a balança comercial brasileira zerou os saldos negativos e voltou a operar positivamente na segunda semana de junho e pela primeira vez no ano alcançou um superavit da ordem de US$ 349 milhões. Na segunda semana do mês de junho, com cinco dias úteis (8 a 14), a balança teve um superávit de US$ 678 milhões, resultado de exportações de US$ 4,588 bilhões e importações de US$ 3,910 bilhões. No acumulado do ano, as vendas externas brasileiras chegam a US$ 83,950 bilhões e as compras, a US$ 83,601 bilhões. Os dados foram divulgados hoje (15) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)..

De acordo com os números do MDIC, na segunda semana de junho, as exportações apresentaram média de US$ 917,6 milhões, resultado 21,3% abaixo da média de US$ 1,165 bilhão, registrada na primeira semana do mês. Isso ocorreu em razão da queda nos embarques de produtos manufaturados (-42,6%, principalmente em razão de plataformas para extração de petróleo, óxidos e hidróxidos de alumínio, automóveis e partes, óleos combustíveis, veículos de carga e motores para veículos) e semimanufaturados (-30,8%, com redução das vendas de açúcar em bruto, celuloses, couros e peles, óleo de soja em bruto e ferro fundido). Já as vendas de produtos básicos cresceram 3,2% devido a petróleo em bruto, minério de ferro, farelo de soja e minério de cobre.

As importações da segunda semana registraram média de US$ 782 milhões, 16,5% a mais em relação à semana anterior, com US$ 671,3 milhões. Houve aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes; equipamentos mecânicos, aparelhos eletrônicos, químicos orgânicos e inorgânicos, plásticos e obras, adubos e fertilizantes e farmacêuticos.

Mês

Nas duas primeiras semanas de junho, com nove dias úteis, as exportações somam US$ 9,249 bilhões e as importações, US$ 6,595 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,654 bilhões. Nas exportações, pela média diária (US$ 1,028 bilhão), houve crescimento de 22,6%, em relação a maio de 2015 (US$ 838 milhões), em função do aumento dos embarques de manufaturados (33,4%), básicos (18,7%) e semimanufaturados (7,9%). Também houve crescimento de 0,4% em relação à média registrada em junho de 2014 (US$ 1,023 bilhão). O principal motivo foi o aumento das vendas de manufaturados como plataforma para extração de petróleo, suco de laranja não congelado, torneiras e válvulas, óxidos e hidróxidos de alumínio, polímeros plásticos, laminados planos, veículos de carga, açúcar refinado e autopeças. Nos semimanufaturados, houve queda de 8,2% (alumínio em bruto, ferro-ligas, óleo de soja em bruto, ferro fundido, açúcar em bruto e semimanufaturados de ferro e aço).  Nos básicos, também foi registrada uma retração de 6,2% (minério de ferro, farelo de soja, carne suína e bovina, café em grão e fumo em folhas).

No mês, as importações registraram média diária de US$ 732,8 milhões, o que representa queda de 19,1% em relação ao  registrado no mesmo período de 2014 (US$ 906 milhões). A alteração é consequência das quedas nas compras de combustíveis e lubrificantes (-41,5%), veículos automóveis e partes (-17,6%), equipamentos mecânicos (-15,7%), aparelhos eletrônicos (-15,5%) e farmacêuticos (-15,4%). Na comparação com maio de 2015, houve crescimento de 4,6%, em razão do aumento nas importações de veículos automóveis e partes (17,2%), combustíveis e lubrificantes (16,1%), instrumentos de ótica e precisão (10,6%), químicos orgânicos e inorgânicos (9,8%) e adubos e fertilizantes (5,3%).

Acesse aqui as informações da balança comercial no período.

(*) Com informações do MDIC

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