Balança comercial poderá registrar em 2017 superávit recorde de US$ 53 bilhões, segundo o BC

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Da Redação (*)

Brasília – A balança comercial brasileira deverá fechar o ano de 2017 com um superávit recorde de US$ 53 bilhões, um saldo jamais registrado na história do comércio exterior brasileiro. A projeção faz parte do Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central (BC). Para o ano de 2018, a aposta do BC é de um saldo da ordem de US$ 42 bilhões.

Nas últimas semanas os analistas consultados pelo BC vêm revendo para cima suas expectativas relacionadas ao desempenho da balança comercial. Há quatro semanas a aposta girava em torno de um superávit de US$ 49,5 bilhões e na semana passada a aposta subiu para um saldo de US$ 52 bilhões.

Por outro lado, o mercado financeiro reduziu a projeção para a inflação este ano pela oitava semana consecutiva. Agora, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,04% para 4,03%, de acordo com o boletim Focus. A projeção para a inflação este ano está abaixo do centro da meta que é 4,5%. A meta tem ainda limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2018, a estimativa foi reduzida de 4,32% para 4,30%, no quarto ajuste seguido.

A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) este ano passou de 0,43% para 0,46%. Para o próximo ano, a estimativa permanece em 2,5%.

Para as instituições financeiras, a Selic encerrará 2017 e 2018 em 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 11,25% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

(*) Com informações da Agência Brasil

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