O Brasil é conhecido por diversas coisas neste mundo: pela receptividade e alegria do seu povo, seu calor e suas belas praias, mas também por suas commodities: não é de hoje que o país se apresenta como um dos principais exportadores de carne do mundo, bem como de soja (detendo 50% do mercado global), bem como açúcar e café, estes últimos heranças dos tempos de colônia que perduram até hoje.
Para respondermos a pergunta feita no título não é preciso ir muito longe: para além das exportações, somos um país conhecido também por sua gastronomia única, e um dos grandes destaques de nossa cultura culinária se apresenta no clássico churrasco – do sul ao norte do país, a tradição de assar carnes está presente em todos os meios, nos finais de semana, em comemorações, mas a carne de gado também é quase que onipresente no cotidiano se pararmos para considerar outro clássico da dieta brasileira, o PF.
Os pratos feitos, também apelidados carinhosamente de PFs, normalmente são compostos por arroz, feijão e bife, acompanhados de uma saladinha, um ovo frito, e por vezes até mesmo uma batata frita – não é de surpreender que o consumo de carne vermelha no país tenha batido 7,3 bilhões de quilos agora em 2022, superando o índice anterior de 7,2 bilhões. Dá pra afirmar, com bastante segurança que sim, nós brasileiros gostamos mesmo de carne, preparadas das mais diversas formas – e te garantimos que inspirações e receitas (com carne) não faltam em www.fooddiez.com.br
E quanto à soja?
A soja está intimamente ligada ao consumo de carne no país: afinal, muitas das rações distribuídas ao gado pelo Brasil tem como base a soja, uma fonte de proteína barata – mas seus subprodutos também fazem parte do nosso cotidiano, tendo em vista que a soja aparece não só para agregar proteína em produtos industrializados ou para dar textura, mas também na forma de óleo, muito utilizado para preparação de alimentos, tendo em vista seu custo mais baixo em relação a outros óleos de cozinha.
Há de se considerar também o aumento no número de vegetarianos e veganos em território nacional – dobrou nos últimos seis anos, o que inclusive levou a um fomento no mercado de produtos para quem opta por não consumir produtos de origem animal, em um curioso contraste com nossa fama de grandes exportadores (e amantes) de carne. Muitas vezes, a soja (e a proteína de ervilha) são usadas para elaboração de “substitutos” e similares animais.
Atualmente, são por volta de 30 milhões de vegetarianos no país, representando cerca de 14% da população. As informações são do Ibope.
Café e açúcar
Muitos preferem seu cafezinho bem adoçado, como podem atestar funcionários de repartições públicas e privadas por todo o país – o açúcar também brilha por conta do amor do brasileiro por doces, basta levar em consideração nossa predileção por preparos extremamente açucarados ou que levem leite condensado, como é o caso do doce predileto de 10 entre cada 10 brasileiros, o brigadeiro.
O café, por sua vez, se faz presente também durante a primeira refeição nacional – quem não ama um pão com manteiga e café? Ou um tucumã com café, como é de costume consumir mais ao norte do país?
De acordo com informações do Dieese e da Organização Internacional do Café (ICO), o café é a segunda bebida mais consumida em solo brasileiro, na média de 3 a 4 xícaras diárias por habitante, o que totaliza quase 6kg de café ao ano, sendo o 14º país que mais consome a bebida em relação ao resto do mundo.
O açúcar, ou melhor, a cana que dá origem ao açúcar, também faz muito sucesso em feiras Brasil afora, sempre acompanhada de um bom pastel, ou seria o contrário? Além disso, é preciso considerar sua adição em alimentos industrializados também – refrigerantes e biscoitos, por exemplo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, os brasileiros consomem 50% a mais de açúcares do que o recomendado diariamente pela OMS – desse total, 64% são açúcares adicionados, como no caso do cafezinho mencionado ali em cima.
Como podemos notar, por meio de diversos dados e pesquisas realizados por órgãos e instituições relevantes, o país não só é um grande exportador como também um gigantesco consumidor de seus próprios produtos.