China conquista mercados importantes para o Brasil

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Brasília – A concorrência do Brasil com a China está se acirrando nos Estados Unidos, no México e na Argentina. Apesar da retração da economia mundial, os produtos chineses conquistaram importantes espaços nesses três países ao longo de 2009, enquanto que a participação dos exportadores brasileiros ficou estável nos mercados norte-americanos e argentinos e teve queda expressiva entre os mexicanos. As informações são do Observatório Brasil-China, do terceiro trimestre de 2009, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De outubro de 2008 a setembro de 2009, a participação dos produtos brasileiros nas importações norte-americanas se manteve na casa de 1,38%, praticamente a mesma de 2001. Enquanto isso, a presença chinesa avançou para 18,82% no acumulado de 12 meses encerrados em setembro do ano passado, dez pontos percentuais a mais do que os 8,64% registrados em 2001.

Conforme o Observatório, os dados mostram que os chineses estão aproveitando melhor as oportunidades oferecidas pelo mercado norte-americano. A participação do Brasil nas importações dos Estados Unidos só foi superior à da China em 11 dos 30 principais setores da pauta de exportações brasileiras para aquele mercado. As vendas do Brasil são superiores às dos chineses em segmentos como celulose, fumo, café, armas e munição, ferro e aço, frutas e aeronaves. Os chineses ganharam mercado nos Estados Unidos nos setores de produtos químicos, caldeiras, máquinas, plásticos e alumínio.

Nas importações da Argentina, a participação do Brasil recuou de 35,84% em 2005 para 29,9% no acumulado de outubro de 2008 a setembro de 2009. Em igual período, a fatia dos produtos chineses cresceu de 4,93% para 12,4%. “Além do setor de químicos orgânicos, que já tinha maior presença chinesa desde o início da década, os fornecedores chineses ultrapassaram os brasileiros nas exportações de instrumentos e aparelhos de óptica e fotografia no terceiro trimestre de 2009”, afirma a publicação.

A participação dos produtos brasileiros nas importações do México caiu de 1,78% nos 12 meses terminados em agosto de 2008 para 1,60% em 2009. No mesmo período, a presença chinesa aumentou de 10,98% para 12,91%. No México, os exportadores brasileiros perderam espaço em setores como minérios, máquinas e aparelhos elétricos, produtos farmacêuticos, ferro fundido e aço, automóveis e café.

O Observatório também apresenta uma análise do comércio entre o Brasil e a China. De janeiro a setembro de 2009, as importações chinesas de produtos brasileiros aumentaram 18,3% em relação a 2008. No mesmo período, as exportações da China para o Brasil caíram 25,8%. O fluxo bilateral acumulado de janeiro a setembro somou US$ 30,4 bilhões, com vantagem para o Brasil, que obteve um superávit de US$ 4,9 bilhões no comércio com a China.

 Observatório Brasil-China

Fonte: CNI

 

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