CNA coordena posição do setor privado na abertura do mercado dos EUA para carne bovina fresca

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Brasília – Às vésperas da iminente abertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina fresca, resfriada ou congelada, produzida no Brasil, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lidera o processo de construção de um posicionamento conjunto do setor a respeito da consulta pública das autoridades norte-americanas sobre a autorização para importação do produto.  

 No final do ano passado, o Serviço de Inspeção Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou as análises de risco e de impactos econômicos da liberação das importações.  Ambas foram positivas. Em relação aos aspectos econômicos, as autoridades concluíram que a abertura do mercado beneficiará os consumidores norte-americanos.

Avaliaram ainda que a importação do Brasil não comprometerá as medidas de erradicação de febre aftosa do rebanho norte-americano e que a carne brasileira e os controles sanitários aplicados aqui são seguros.

“As autoridades da área de sanidade dos Estados Unidos ficaram satisfeitas com a segurança do produto brasileiro e isso tem um significado maior do que só comercial. Estamos vivendo um bom momento de posicionamento da imagem do agro do Brasil no mercado internacional”, afirma a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu.

 Depois da publicação do relatório com as análises, o USDA abriu um período de consulta pública sobre a autorização da importação da carne fresca brasileira proveniente de 13 estados e do Distrito Federal, reconhecidos como áreas livres de febre aftosa com vacinação. Até agora, foram apresentados cerca de 200 comentários ao texto do relatório, sendo que a grande maioria não está relacionada a questões técnicas.

Após o encerramento do período de consulta, no dia 21 de fevereiro, o USDA analisará os comentários e dará início ao processo de aprovação do regulamento final que antecede a liberação para importação. As estimativas são de exportações anuais de 20 mil a 65 mil toneladas de carne bovina do Brasil, no período de 2014 a 2018.

“A abertura confirma a qualidade da carne brasileira, como já foi constatado pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e por outros grandes parceiros comerciais do Brasil, como a União Europeia e a Rússia”, ressalta a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Tatiana Palermo.

Com a liberação, Tocantins, Sergipe, São Paulo, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo e Distrito Federal poderão vender carne bovina para os Estados Unidos.

O posicionamento do setor privado brasileiro favorável à abertura do mercado dos Estados Unidos foi debatido nesta semana, na sede da CNA, em Brasília. Participaram da reunião, representantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportações de Carnes (Abiec), da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Brazil Industries Coalition (BIC). Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também estiveram no encontro.

Fonte: CNA

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