Com exportações em queda, Brasil tem déficit de US$ 114 milhões no comercio com a Rússia

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Da Redação

Brasília – Após uma alta expressiva de 61,48% no mês de março, as exportações brasileiras para a Rússia tiveram uma queda de 7,20% e ainda que as vendas russas para o Brasil tenham tido uma retração de 15,53% no mês passado, a balança comercial entre os dois países nos quatro primeiros meses do ano gerou para a Rússia um superávit de US$ 114 milhões. O saldo é resultado de exportações brasileiras no total de US$ 720 milhões e importações no total de US$ 834 milhões. Em 2014, o Brasil fechou o ano com um superávit de US$ 813 milhões no intercâmbio com os russos.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de janeiro a abril,  foram registradas quedas importantes em todos os principais produtos que integram a pauta exportadora brasileira para a Rússia. As carnes de bovino tiveram a redução mais expressiva: despencaram 43,58% e geraram receita no total de US$ 183 milhões. Em idêntico período do ano passado, as exportações resultaram em US$ 324 milhões. Também  caíram, ainda que num percentual muito inferior, as vendas de carne suína. A redução foi de 17,01% e a receita ficou em US$ 129 milhões. De janeiro a abril do ano passado os russos adquiriram carne suína do Brasil no montante de US$ 154 milhões.

Retrações igualmente importantes foram registradas nas exportações de outros açúcares de cana (-22,02% para US$ 133 milhões), de soja, mesmo triturada (-38,35% para US$ 63 milhões) e de pedaços e miudezas de galos/galinhas (-35,17% para US$ 29 milhões).

Na contramão de quedas dessa magnitude, aconteceram aumentos importantes nas exportações de fumo não manufaturado, que subiram  58,23% e produziram receita no valor de US$ 31 milhões e de ferronióbio, com uma alta de 23,71% para US$ 11 milhões.

Do lado russo, o intercâmbio comercial com o Brasil teve um aumento de 128,75% para US$ 154 milhões nas vendas de alumínio não ligado em forma bruta, de 24,49% nas exportações de adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio, que geraram receita no total de US$ 33 milhões e altas ainda mais expressivas no fornecimento ao Brasil de hulha betuminosa não aglomerada (+103,73% para 30 milhões), de 898,96% nas exportações de enxofre a granel, no total de US$ 30 milhões.

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