Com importação em alta e queda na exportação, setor químico acumulou deficit de US$ 31 bilhões em 2019

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São Paulo – As importações brasileiras de produtos químicos somaram US$ 44,1 bilhões no ano passado, um aumento de 2% sobre 2018. Foram adquiridas 47,6 milhões de toneladas, um crescimento de 5,4% na mesma comparação, segundo dados divulgados nesta terça-feira (21) pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O volume importado foi recorde.

O principal item da pauta são itens intermediários para produção de fertilizantes. As importações deste grupo chegaram a US$ 8,1 bilhões e 28,4 milhões de toneladas, ou 67,8% do volume total.

Os países árabes são fornecedores importantes de fertilizantes do Brasil. De acordo com dados da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, o bloco vendeu pouco mais de US$ 2 bilhões em fertilizantes ao mercado brasileiro em 2019, praticamente o mesmo valor registrado no ano anterior. O volume foi de quase 7 milhões de toneladas, um aumento de 2,7% na mesma comparação. O Marrocos é o principal exportador da região.

Exportações

As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, totalizaram US$ 12,6 bilhões, um recuo de 8,1% em relação a 2018. A crise econômica na Argentina afetou não só as vendas externas de fertilizantes, mas os embarques brasileiros como um todo. As resinas termoplásticas são o principal item da pauta.

Com isso, o setor químico brasileiro registrou um déficit comercial de US$ 31,5 bilhões. Segundo a Abiquim, o saldo negativo registrou crescimento constante e progressivo nos últimos quatro anos.

(*) Com informações da ANBA

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