Comércio Exterior do DF tem queda forte de janeiro a outubro

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Brasília (Comex-DF) – Exportações em queda e importações em alta. Este comportamento que vem marcando o comércio exterior do Distrito Federal nos últimos meses manteve-se também em outubro e deverá persistir até o final de 2009.

Nos dez primeiros meses do ano as vendas feitas pelas empresas do DF ao mercado externo totalizaram US$ 111,8 milhões, contra US$ 141,7 milhões em igual período de 2008, uma retração de 21,08%.

No que diz respeito às importações, a tendência segue o caminho oposto e apesar de as compras realizadas no exterior apresentarem uma ligeira queda quando se compara o período janeiro/outubro de 2009 com esse mesmo intervalo de tempo em 2008, tudo indica que ao término de 2009 as importações brasilienses superarão o volume registrado no ano passado.

De janeiro a outubro deste ano, as importações somaram US$ 778,1 milhões, inferiores em 2,99% aos US$ 801,2 importados nos dez prmeiros meses do ano passado. Entretanto, novembro e dezembro são meses em que tradicionalmente se verifica um aumento expressivo das importações (em dezembro do ano passado, por exemplo, o DF importou um total de US$ 131,9 milhões), tudo indica que este ano o total importado será superior ao montante de US$ 1,079 bilhão adquirido ao exterior em 2008.

Bens de consumo lideram exportações

A pauta exportadora do DF é composta basicamente por bens de consumo não duráveis (as vendas de carne de frangos são o principal item exportado pelo DF), totalizando US$ 79,2 milhões de janeiro a outubro, cifra correspondente a 70,87% de todo o volume exportado pelas empresas brasilienses. Em 2008, de janeiro a outubro, as exportações desses produtos somaram US$ 103,4 milhões.

Em segundo lugar na pauta exportadora aparecem os bens intermediários (alimentos e bebidas destinados à indústria principalmente), com exportações no montante de US$ 20,6 milhões. Esse item foi responsável por 18,43% de todas as exportações do DF e superaram em 12,57% os US$ 17,8 milhões vendidos ao exterior de janeiro a outubro do ano passado.

Num plano bastante inferior, os bens de capital proporcionaram às empresas do DF uma receita de US$ 569 mil, bastante inferior à cifra de US$ 1,4 milhão exportada de janeiro a outubro de 2008.

Pauta das importações

Por outro lado, a pauta das importações do DF é marcada pelo equilíbrio entre as elevadas importações de bens intermediários e bens de consumo, somadas a uma igualmente importante importação de bens de capital. As compras se concentram basicamente nos bens de consumo não duráveis, que somaram US$ 346 milhões de janeiro a outubro, contra US$ 362 milhões no ano passado.

As importações de bens intermediários totalizaram US$ 340 milhões (US$ 337 milhões de janeiro a outubro de 2008) e o item mais importante dessa pauta foram as compras de insumos industriais (medicamentos, frações do sangue, imunoglobulina, vacinas, etc) somaram US$ 320 milhões, ante US$ 312 milhões importados em igual período de 2008. 

Num patamar inferior aparecem as importações de peças e acessórios de equipamentos de transportes, no total de US$ 12 milhões (contra US$ 7,9 em 2008) e alimentos e bebidas destinados à indústria, item do qual foram importados US$ 5,6 milhões, uma redução significativa se comparados com os US$ 14 milhões adquiridos no exterior no ano passado

As importações de bens de capital continuam sendo expressivas e este ano já totalizam US$ 166 milhões, cifra bastante superior aos US$ 134 milhões importados em 2008. Nesse campo o predomínio foi das importações de bens de capital propriamente ditos (exceto equipamentos de transporte de uso industrial), no montante de US$ 154 milhões (US$ 131 milhões em 2008), enquanto as compras de equipamentos de transporte de uso industrial foram da ordem de US$ 12 milhões, um número bastante superior aos US$ 2 milhões importados em 2008. 

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