Comércio exterior tem janeiro negativo e ameaça de queda ainda maior com avanço do coronavirus

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Da Redação

Brasília – O comércio exterior brasileiro começa o ano de 2020 acumulando uma série de dados negativos e preocupantes: déficit comercial de US$ 2,697 bilhão, corrente de comércio (exportação + importação) em queda de 11,2 %, importação e exportação forte contração. Esses números se referem ao mês de janeiro e ainda não refletem os danos colaterais causados ao intercâmbio brasileiro pela epidemia de coronavirus que assola a China, o principal parceiro comercial do Brasil tanto nas exportações quanto nas importações. A partir de fevereiro, as trocas com a China devem se contrair ainda mais, atingindo de forma  mais aguda o fluxo de comércio exterior brasileiro.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex)  do Ministério da Economia, há tempos o país não tinha um início de ano com números tão negativos e, pior que isto, perspectiva de contração ainda maior à medida em que a epidemia do coronavirus avança não só na China mas em outros grandes parceiros do Brasil,  possibilidade de causar graves prejuízos ao intercâmbio comercial com terceiros países.

Em janeiro, a corrente de comércio totalizou US$ 30,605 bilhões, com uma queda de 22,3% em relação a igual período do ano anterior, pela média diária. No mês, a exportação totalizou US$ 14,430 bilhões, com uma queda de 20,2% comparativamente com o mesmo mês de 2019 e de 24,1% em relação ao mês de dezembro passado, sempre pela média diária. Por outro lado, as importações somaram US$ 16,175 bilhões, queda de 1,3% em relação a janeiro de 2019 e de 23,0% no comparativo com dezembro do ano passado.

Com esses números, a balança comercial registrou em janeiro um déficit de US$ 1,745 bilhão, valor inferior ao alcançado em igual período de 2019, quando o país obteve um superávit de US$ 1,697 bilhão. Um conjunto de dados negativos, indicadores de que o comércio exterior brasileiro pode ter uma queda ainda maior tanto nos dados gerais da balança comercial quanto do superávit tão necessário para que o país possa fechar no azul suas contas externas.

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