Copa de 2014 pode transformar o Brasil no principal destino turístico da América do Sul

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São Paulo – Com a Copa do Mundo de 2014, o Brasil terá a grande oportunidade de se tornar o principal destino turístico da América do Sul. A opinião é do consultor Luiz Gustavo Barboza, da Fundação Getúlio Vargas, que participou nesta quarta-feira (22) de um painel sobre “As Oportunidades de Negócios para as Micro e Pequenas Empresas com a Copa do Mundo de 2014 e as Olímpiadas de 2016”, que aconteceu no congresso Abeta Summit 2010, em São Paulo.

O evento, que vai até esta quinta-feira (23) é promovido pela Associação Brasileira de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), com apoio do Sebrae, Ministério do Turismo, e Confederação Nacional do Comércio (CNC).

A avaliação do consultor se baseia na expectativa de que a grande maioria dos turistas que viajará para o Brasil deve vir da América do Sul. “É sabido que os países sul-americanos têm no futebol uma paixão forte. Pela proximidade, devemos abrir nossas portas para os turistas vizinhos e mostrar todas as nossas oportunidades”, disse Barboza.

Pesquisa

A existência de similaridades entre Brasil e África do Sul, sede da última Copa, levou o Ministério do Turismo a encomendar uma pesquisa à FGV sobre o comportamento no turista no país africano durante a competição. O objetivo é subsidiar as ações governamentais para a Copa do Mundo no Brasil.

Quem é o turista que visitará o Brasil durante a Copa do Mundo de 2014? Quem pagará a sua viagem? Quanto ele gastará? Fará atividades de turismo entre os dias de jogos? A depender das respostas dos turistas que estiveram este ano na África do Sul, teremos em 2014 no Brasil uma predominância de homens solteiros, jovens e bem-sucedidos, que, na grande maioria, pagam as suas despesas de viagem e viajam com amigos.

“Dos entrevistados, 83% são homens, 60% são solteiros, 54% têm ensino superior, 45% tem idade entre 25 e 34 anos, 48% viajam com amigos e 19% ganham entre R$ 20 mil e R$ 50 mil. Para as mulheres solteiras, uma tremenda oportunidade. Para os homens, uma forte concorrência”, brinca o consultor.

Ecoturismo

Segundo ele, 87% dos entrevistados disseram ter pago a viagem do próprio bolso. “Foi uma surpresa, já que as informações que tínhamos eram que a maioria das pessoas estava viajando a convite ou patrocinadas por empresas.”

Em média, o turista na África do Sul ficou 16 dias naquele país e gastou R$ 11,4 mil, excluindo passagens. A pesquisa mostra também que o segmento de turismo de aventura e ecoturismo atrai cerca de 30% dos entrevistados. “Os empresários que estão participando do Abeta Summit podem aproveitar a oportunidade da Copa para atraírem ainda mais turistas.”

O destino Brasil foi visto como positivo por 70% dos entrevistados, quando questionados sobre a influência do destino na decisão de viajar para assistir ao Mundial. A pesquisa mostrou ainda que os turistas que foram à África para a Copa incluíram quatro cidades no roteiro. “Precisamos trabalhar não apenas na divulgação das 12 cidades-sede, mas também de outros destinos no entorno”, diz Barboza.

Outra curiosidade da pesquisa é que a África do Sul foi a primeira Copa do Mundo para 76% dos entrevistados. A pesquisa mostra também que 80% nunca visitaram o Brasil. “Temos aí uma grande chance de atrair turistas, a depender de como o Brasil trabalhará o marketing da Copa no mundo todo.”

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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