Diversificação das exportações será um dos temas na visita de Bolsonaro à China em outubro

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Da Redação

Brasília – Destino de 27% de todas as exportações realizadas pelo Brasil nos meses de janeiro a maio e origem de 21,9% das importações brasileiras no período, a China é o maior parceiro comercial do Brasil nas duas pontas (exportação e importação) mas ainda assim o governo brasileiro pretende aproveitar a visita do presidente Jair Bolsonaro a Pequim, no mês de outubro, acompanhado por uma comitiva integrada pelos principais ministros de seu governo para tratar com as autoridades chinesas de questões ligadas à diversificação da pauta exportadora brasileira para o país asiático.

O governo brasileiro vê com satisfação o  crescimento consistente do  comércio bilateral, comemora os sólidos e crescentes superávits acumulados pelo Brasil no intercâmbio com a China nos últimos meses mas mostra preocupação com o fato de que 87,8% do volume exportado para a China pelas empresas brasileiras envolvem produtos básicos, de baixo valor agregado.

Na avaliação do governo, a visita do presidente Bolsonaro a Pequim é uma boa oportunidade para se discutir, entre outros temas, a  diversificação da pauta exportadora brasileira para o maior parceiro comercial do país.

De janeiro a maio, as exportações brasileiras somaram US$ 25,085 bilhões, com alta de 3,56% comparativamente com o mesmo período do ano passado. Enquanto isso, as importações totalizaram  US$ 15,469 bilhões, com um aumento de 25,11% em relação aos cinco primeiros meses de 2018. No período, o intercâmbio comercial proporcionou ao Brasil um superávit de US$ 9,617 bilhões.

Os números do comércio bilateral divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia mostram a persistência de uma forte concentração das exportações brasileiras nos produtos básicos. As vendas desses produtos tiveram uma alta de 2,8% de janeiro a maio e geraram receita no valor de US$ 22 bilhões. Já os produtos semimanufaturados, com embarques no valor de US$ 2,54 bilhões, responderam por 10,1% das exportações. Enquanto isso, as exportações de produtos industrializados somaram apenas US$ 527 milhões, correspondentes a apenas 2,1% do volume exportado para os chineses.

A soja em grãos segue liderando as vendas brasileiras para a China, com uma receita de US$ 9,35 bilhões (participação de 37% nas exportações). A lista dos “Top 5” é integrada, além da oleaginosa, pelo petróleo (US$ 6,89 bilhões), minérios de ferro (US$ 3,8 bilhões), celulose (US$ 1,6 bilhão) e carne bovina (US$ 587 milhões).

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