Em dez anos, Brasil acumula saldo negativo de US$ 53,4 bilhões no comércio bilateral com os EUA

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Da Redação

Brasília –  Em uma década –entre 2010 e 2019- os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China, acumulou um superávit de US$ 53,4 bilhões no intercâmbio comercial com o Brasil. Este é o déficit mais elevado registrado na série histórica do comércio exterior brasileiro contabilizada desde 1997 pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

O forte desequilíbrio nas trocas entre os dois países parecia ter dado uma trégua no ano passado, quando as exportações americanas totalizaram US$ 30,090 bilhões e as vendas brasileiras para os Estados Unidos atingiram o montante de US$ 29,716 bilhões, resultando em um déficit de US$ 374 milhões.

Entretanto, nos seis primeiros meses deste ano o superávit americano cresceu exponencialmente e somou US$ 3,131 bilhões, um dos maiores já registrados em apenas um semestre na série histórica do comércio entre os dois países. De janeiro a maio, as exportações americanas totalizaram US$ 13,179 bilhões, enquanto os embarques realizados pelas empresas brasileiras para os Estados Unidos geraram uma receita de US$ 10,048 bilhões.

Entre 2010 e 2019, somente em 2017 o Brasil obteve um superávit nas trocas comerciais com os Estados Unidos. O saldo positivo resultou de exportações no total de US$ 26,873 bilhões e US$ 24,847 em vendas americanas para o Brasil.

O maior desequilíbrio no comércio bilateral foi registrado em  2013, ano em que os Estados Unidos obtiveram um superávit de US$ 11,372 bilhões no fluxo de negócios com o Brasil. Esse megassaldo resultou de exportações americanas no total de US$ 36,018 bilhões e importações no valor de US$ 24,646 bilhões.

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