EUA são o maior ator estatal de espionagem no ciberespaço, diz porta-voz da chancelaria da China

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Beijing – Os fatos provaram mais uma vez que os Estados Unidos são o maior ator estatal de espionagem no ciberespaço, disse na segunda-feira Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, pedindo que os EUA se esclareçam à comunidade internacional sobre os assuntos relevantes.

Surgiram notícias de que, da Guerra Fria até os anos 2000, a inteligência dos Estados Unidos usou os dispositivos de codificação da empresa suíça Crypto AG para espionar outros países e rendeu milhões de dólares para a companhia.

Esta vendeu dispositivos para companhias e governos estrangeiros, e as máquinas eram criptografadas, mas a inteligência dos EUA alterava os dispositivos para quebrar os códigos e interceptar milhares de mensagens de mais de 120 governos em todo o mundo, de acordo com as notícias.

Geng disse em uma coletiva de imprensa online que o governo dos EUA e os departamentos relevantes conduziram atos em grande escala, organizados e indiscriminados de roubo, vigilância e espionagem cibernéticos contra governos, companhias e indivíduos, o que é “um fato bem reconhecido por todos”.

Os EUA, por um lado, coletam 5 bilhões de registros de telefonemas em todo o mundo todos os dias, espionam o celular da chanceler Angela Merkel há mais de 10 anos, controlam 3 milhões de computadores na China todos os anos e implantam Cavalo de Troia em 3.600 sites na China, e por outro lado gostam de fazer o papel de vítima de ataque cibernético, tal como um ladrão gritando “pega ladrão”, disse Geng.

A hipocrisia dos EUA sobre a questão da segurança cibernética não poderia ser mais clara, disse o porta-voz, enfatizando que os EUA não têm honra nem credibilidade para falar diante de outros países.

“Os fatos provaram mais uma vez que, como o maior ator estatal de espionagem no ciberespaço, os EUA são dignos do nome do ‘império dos hackers’. O céu é o limite aos EUA quando se trata de espionagem”, disse Geng.

O porta-voz pediu que os EUA esclareçam o assunto à comunidade internacional, observando que ainda falta uma explicação sobre os incidentes do WikiLeaks e de Snowden.

(*) Com informações da Xinhua

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