Exportação cai 7,5% e balança comercial tem superávit de US$ 46,7 bilhões, o pior resultado desde 2015

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Da Redação

Brasília –  A balança comercial brasileira teve em 2019 o pior resultado desde 2015 ao registrar um superávit de US$ 46,7 bilhões, um recuo de quase -20% comparativamente com o saldo de US$ 58 bilhões obtido pelo país em 2018. A queda é justificada principalmente pelo fraco desempenho das exportações, que tiveram uma queda de -7,5% para US$ 224 bilhões.

No período, o Brasil aumentou as vendas externas apenas para a Oceania e o Oriente Médio. Quedas significativas foram registradas nas exportações para o Mercosul, a União Europeia, África, Ásia, América Central e Caribe.

Os dados do comércio exterior brasileiro foram divulgados nesta quinta-feira (02) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Fazenda e as estatísticas mostram reduções expressivas nas três principais categorias por valor agregado: produtos manufaturados (-11,1% para US$ 77,452 bilhões) semimanufaturados (-8,0% para US$ 28,378 bilhões) e produtos básicos (-2,0% para US$ 118,180 bilhões).

No grupo dos manufaturados ocorreu retração principalmente em plataforma para extração de petróleo (-51,4%), veículos de carga (-35,3%), automóveis (-27,5%), laminados planos de ferro/aço (-22,8%), autopeças (-18,8%) e polímeros plásticos (-14,1%)

Em relação aos semimanufaturados, as principais quedas envolveram as exportações de óleo de soja em bruto (-36,9%), couros e peles (-213%), semimanufaturados de ferro/aço (-17,9%), açúcar em bruto (-17,1%) celulose (-10,3%) e madeira serrada ou fendida (-10,1%).

Com relação aos produtos básicos, houve redução da receita obtida com os embarques de soja (-21,3%), minério de cobre (-15,7%), farelo de soja (-12,9%) e petróleo em bruto (-7,1%).

Enquanto as exportações despencaram -7,5%, as importações tiveram uma queda menos acentuada de -3,3% e somaram US$ 177,3 bilhões. Houve redução nas compras de bens de capital (-12,8%), bens de consumo (-4,58%) e combustíveis e lubrificantes (-7,3%). Por outro lado, as importações de bens intermediários tiveram uma ligeira alta de+ 0,4%.

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