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Exportação de frutas desaba 14,7% com pandemia de Covid-19 e redução drástica de voos para o exterior

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Da Redação

Brasília –   Ainda não será neste ano de 2020 que o Brasil conseguirá ultrapassar pela primeira vez na história a marca de US$ 1 bilhão com as exportações de frutas. A fruticultura é um dos segmentos do  setor agropecuário mais afetados pela  pandemia de Covid-19 e em um de seus múltiplos efeitos, contribuiu para a pulverização das exportações de frutas e castanhas, que registraram uma queda de 14,7% no primeiro quadrimestre do ano, no total de US$ 236 milhões. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério  da Economia.

No ano passado, as exportações chegaram bem próximo dessa emblemática cifra e graças a um crescimento de 4,4% totalizaram US$ 924 milhões. Foram exportadas 948 mil toneladas, com uma participação de 0,4% nas exportações totais brasileiras e de 2,15% nas vendas totais do setor do agronegócio. As frutas ocuparam a 39ª. posição no ranking das exportações totais do Brasil e o quinto lugar na relação das vendas externas do agronegócio.

Com o avanço da pandemia e a drástica redução na oferta de voos nacionais e internacionais, os exportadores  de frutas perderam seu principal modal de escoamento da produção para os mercados consumidores no exterior. De janeiro a abril o segmento acumula uma retração de 14,7% e em abril os embarques tiveram uma contração ainda mais relevante. Por outro lado, as importações sofreram uma redução de 12,3% para US$ 164 milhões.

Porta de entrada e futura redistribuição a outros países da União Europeia, os Países Baixos foram o principal destino das frutas brasileiras no primeiro quadrimestre do ano, com importações no total de US$ 63 milhões. Outros mercados importantes foram a  Espanha (US$ 35 milhões), Malásia (US$ 31 milhões), Reino Unido (US$ 28 milhões) e Estados Unidos (US$ 25 milhões).

Entre os estados exportadores de frutas, o Ceará ocupa a liderança do ranking, com receita no total de US$ 56 milhões. A seguir, o Rio Grande do Norte (US$ 48 milhões), São Paulo (US$ 34 milhões), Bahia (US$ 30 milhões) e Pernambuco (US$ 26 milhões).

De janeiro a abril, as importações de frutas somaram US$ 164 milhões, com uma queda de 12,3% comparativamente com o mesmo período de 2019. Os principais exportadores de frutas para o Brasil entre janeiro e abril foram Argentina (US$ 50 milhões), Chile (US$ 40 milhões), Espanha (US$ 16 milhões), Portugal (US$ 14 milhões) e Itália (US$ 13 milhões).

Entre os estados, os maiores importadores foram São Paulo (US$ 69 milhões), Santa Catarina (US$ 34 milhões), Rio Grande do Sul (US$ 20 milhões), Minas Gerais (US$ 8 milhões) e Paraná (US$ 7 milhões).

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