Exportação de milho para países árabes cresce 48% e soma US$ 241,6 milhões

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Fonte: ANBA

São Paulo – As exportações de milho do Brasil aos países árabes avançaram 48% nos primeiros nove meses deste ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. As vendas do produto à região renderam receita de US$ 241,6 milhões ao país entre janeiro e setembro deste ano. De acordo com o gerente de Desenvolvimento de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Rodrigo Solano, este é um dos produtos, entre os alimentos, que tem grande potencial de vendas para o mundo árabe.

Os países árabes importaram, de acordo com Solano, US$ 2,3 bilhões em milho em 2009. No ano anterior, 2008, o valor foi ainda maior: US$ 3,8 bilhões. “Houve uma queda em função da crise. Mas com a melhora da economia, as importações podem voltar a um patamar parecido ao de 2008”, afirmou o gerente, referindo-se às importações globais do produto feito pelo mercado árabe. De acordo com ele, o milho, no mundo árabe, tem como destino a indústria local de processamento de alimentos, além consumo humano e ração.

O aumento nas compras do milho brasileiro pelos árabes, entre janeiro e setembro, foi de US$ 78 milhões, já que no mesmo período de 2009 elas estavam em US$ 162,9 milhões. O maior comprador, na região, foi o Marrocos, com US$ 87,6 milhões neste ano contra US$ 40,7 milhões em 2009, seguido pela Arábia Saudita, com US$ 79,2 milhões contra US$ 62,8 milhões. O terceiro importador foi a Tunísia, com US$ 15,6 milhões. Nos primeiros nove meses do ano passado, os tunisianos não importaram milho do Brasil.

Grande parte do aumento nas vendas de milho em grão do Brasil aos árabes ocorreu em função das exportações de setembro. No mês, o país teve receita de US$ 113,9 milhões com envios da commodity ao mundo árabe. Ou seja, 47% do total do ano foi enviado no mês. Em setembro, porém, o maior comprador foi o mercado saudita, seguido pelo Marrocos e pelo Egito. A oferta excessiva de milho no mercado brasileiro foi um dos fatores que motivou o aumento das vendas para o mercado árabe, de acordo com Solano.

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