Exportações do agronegócio sobem 23,3% em agosto e geram superávit de US$ 6,2 bi

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Brasília – As exportações do agronegócio em agosto totalizaram US$ 7,305 bilhões, com um crescimento de 23,3% comparativamente a igual período do ano passado, enquanto as importações aumentaram 40%, alcançando um valor de US$ 1,101 bilhão. Como resultado, a balança comercial do agronegócio registrou um superávit de US$ 6,205 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Os setores que mais contribuíram para o incremento das exportações foram os seguintes: complexo sucroalcooleiro (73,8%); carnes (23,7%); produtos florestais (37,7%); café (41,9%); cereais, farinhas e preparações (136,3%).

As exportações do complexo soja apresentaram redução de 13,9%, totalizando US$ 1,156 bilhões. O valor exportado de soja em grãos diminuiu 11,5% em relação ao valor registrado em agosto de 2009 (de US$ 1,306 bilhão para US$ 1,156 bilhão). A quantidade exportada diminuiu 0,4% e os preços foram 11,1% inferiores. As exportações de farelo de soja geraram receita de US$ 345 milhões, 23,7% inferior à obtida no mesmo período de 2009. Os preços do farelo de soja foram 18% inferiores aos registrados em agosto de 2009, enquanto o volume exportado diminuiu 6,9%. As exportações de óleo de soja apresentaram redução de 6,8%, o que resultou de diminuição de 11,3% no volume exportado e elevação de 5,1% nos preços.

A receita de exportações de carnes aumentou 23,7%, passando de US$ 1,014 bilhão em agosto de 2009 para US$ 1,255 bilhão em agosto de 2010. As exportações dos principais itens do setor apresentaram crescimento no período. As receitas de exportação de carne bovina in natura foram 52,6% superiores (de US$ 257 milhões para US$ 392 milhões), resultado de um incremento de 15,5% no preço médio e um aumento de 32,1% na quantidade embarcada. As receitas de exportação de carne de frango in natura também apresentaram crescimento (28,4%), o que resultou de preços mais elevados (6,5%) e expansão da quantidade (20,5%). As exportações de carne suína in natura aumentaram 36,8% em relação a agosto de 2009. A quantidade exportada do produto aumentou 4,9%, enquanto os preços foram 30,4% superiores ao mesmo mês do ano anterior.

O valor das exportações do complexo sucroalcooleiro apresentou crescimento de 73,8% (passando de US$ 857 milhões para US$ 1,489 bilhão), o que resultou do aumento dos preços do açúcar (23,9%) e do álcool (25,5%). A quantidade exportada de açúcar aumentou 53,3% e a quantidade embarcada de álcool teve redução de 29,9%, em relação a agosto de 2009. O valor exportado de açúcar totalizou US$ 1,369 bilhão, 90% superior a 2009. O valor das exportações de álcool diminuiu 12%, totalizando US$ 120 milhões.

No que se refere às importações, em agosto de 2010 houve um aumento de 40,2%, passando de US$ 785 milhões para US$ 1,095 bilhão. Destacaram-se pela variação positiva as importações de trigo (37,3%); arroz (52%); borracha natural (188%) e pescados (54,2%).

Quanto aos destinos das exportações do agronegócio, os valores exportados aumentaram para os seguintes blocos econômicos e regiões: África (58%); NAFTA (43%); Mercosul (40,9%); Oriente Médio (29,2%); Ásia (18,6%); Europa Oriental (36,5%); Aladi (exclusive Mercosul) (35,1%); e União Européia (6,1%).

Na análise por país, destacaram-se as taxas de crescimento das exportações para Egito (145%), Tailândia (130,3%), Irã (129%), Rússia (76,9%), Indonésia (74,2%), Espanha (52,1%), Argentina (45,8%), e Japão (44,2%).

Resultados de janeiro a agosto de 2010

Entre os meses de janeiro a agosto de 2010, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 49,628 bilhões, o que significou crescimento de 13,6% em relação ao valor exportado no mesmo período de 2009. As importações também apresentaram variação positiva (37,5%), totalizando US$ 8,385 bilhões. O saldo comercial do agronegócio aumentou de US$ 37,570 bilhões para US$ 41,252 bilhões.

O resultado positivo decorreu do incremento das exportações dos seguintes setores: complexo sucroalcooleiro (45%, de US$ 5,545 bilhões para US$ 8,040 bilhões); produtos florestais (33,5%, de US$ 4,558 bilhões para US$ 6,084 bilhões); carnes (19,5%, de US$ 7,526 bilhões para US$ 8,994 bilhões); couros e produtos de couro (40,1%, de US$ 1,292 bilhão para US$ 1,810 bilhão); café (20,2%, de US$ 2,669 bilhões para US$ 3,208 bilhões); e animais vivos (51,7%, de US$ 298 milhões para 453 milhões). Apresentaram variação negativa os seguintes setores: complexo soja (-6,3%), fumo e seus produtos (-10,6%), cereais, farinhas e preparações (-3,4%); sucos de frutas (-3%); e lácteos (-17,4%).

Por outro lado, no que diz respeito às importações, de janeiro a agosto houve um aumento de 37,3%. Os setores mais importantes da pauta importadora, cereais, farinhas e preparações e produtos florestais apresentaram crescimento das importações de 11,4% e 70,2%, respectivamente.

Na análise por destinos, as exportações brasileiras do agronegócio apresentaram crescimento para Ásia (14,3%); Oriente Médio (29,9%); NAFTA (18,7%); África (14,4), Europa Oriental (36,2%); Mercosul (31,5%); ALADI (exc. Mercosul) (36,3%). A diferença entre a participação da Ásia e da União Europeia aumentou devido à variação negativa das exportações para a União Euroeéia (-1,1%). Nos oito primeiros meses do ano, a Ásia absorveu 32,5% das exportações brasileiras enquanto a participação da União Europeia nas exportações reduziu-se de 29,6%, no período de janeiro a agosto de 2010, para 25,8% no mesmo período de 2010.

Analisadas as exportações país por país deve-se destacar o aumento das vendas para os seguintes destinos: Irã (111,3%), Egito (64,7%); Venezuela (45,4%); Rússia (45,1%); Argentina (30,5%); China (21,5%); Estados Unidos (20,3%); Japão (19,5%).

Resultados acumulados em 12 meses (setembro/2009 a agosto/2010)

As exportações brasileiras do agronegócio totalizaram US$ 70,743 bilhões nos 12 meses correspondentes ao período de setembro de 2009 a agosto de 2010, 5,6% acima do valor exportado no período de setembro de 2008 a agosto de 2009, que foi de US$ 66,984 bilhões. As importações foram 20,5% superiores aos doze meses anteriores com gastos de US$ 12,174 bilhões. Como resultado, o superávit comercial acumulado nos últimos 12 meses foi de US$ 58,569 bilhões.



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