Exportações das cooperativas crescem 6,3% de janeiro a setembro e totalizam US$ 4,694 bilhões

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Brasília – Nos nove meses de 2013, as exportações de cooperativas apresentaram aumento de 6,3% sobre o ano de 2012, alcançando um total de US$ 4.694,6 milhões. Considerando a série desde 2007, para o período em análise, este foi o maior resultado alcançado.

Do lado da importação, houve acréscimo de 16,2% nas compras externas efetuadas por cooperativas, que passaram de US$ 249,8 milhões, em 2012, para US$ 290,3 milhões, em 2013. Frente aos períodos de anos anteriores a partir de 2007, o comportamento das importações realizadas por cooperativas foi irregular, crescendo nos anos 2008, 2011 e 2013, em relação ao ano anterior, e decrescendo nos demais.

No que diz respeito à participação na pauta, as exportações das cooperativas passaram de 2,1%, em 2007, para o patamar de 2,6% em 2013. Sob a ótica das importações, a participação é bem menos significativa; atualmente, é de 0,2%.

Historicamente, a balança comercial das cooperativas apresenta saldo positivo, tendo alcançado US$ 4.404,2 milhões no acumulado janeiro-setembro de 2013, valor acima do nível observado no mesmo período de 2012, quando atingiu US$ 4.166,9 milhões.

Em relação à corrente de comércio, no período comparativo, o resultado foi de US$ 4.984,9 milhões, crescimento de 6,8% sobre 2012, quando atingiu US$ 4.666,5 milhões.

Diante da maior expressão dos valores exportados frente aos importados, tanto o saldo comercial quanto a corrente de comércio das cooperativas foram fortemente influenciados pelo desempenho das vendas externas, quase que repetindo o comportamento desta variável.

Exportações/Produtos

Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas, de janeiro a setembro de 2013, destacam-se: açúcar refinado (com vendas de US$ 813,3 milhões, representando 17,3% do total exportado pelas cooperativas); soja em grão (US$ 660,4 milhões, 14,1%); carne de frango (US$ 555,4 milhões, 11,8%); farelo de soja (US$ 537,6 milhões, 11,5%); café em grão (US$ 473,9 milhões, 10,1%); etanol (US$ 433,5 milhões, 9,2%); açúcar em bruto (US$ 396,5 milhões, 8,5%); carne suína congelada (US$ 164,1 milhões, 3,5%); óleo de soja (US$ 142,3 milhões, 3,0%); milho em grão (US$ 114,6 milhões, 2,4%); algodão em bruto (US$ 101,2 milhões, 2,2%); carnes salgadas (US$ 84,6 milhões, 1,8%); e carne bovina congelada (US$ 53,2 milhões, 1,1%).

De janeiro a setembro de 2013, entre os principais produtos exportados, verificaram-se crescimentos significativos nos seguintes itens: outros vinhos (capacidade > 5l) (de zero para US$ 6,3 milhões); minério de estanho (de US$ 204,2 mil para US$ 8,5 milhões); adubos/fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (+191,5%, de US$ 2,4 milhões para US$ 7,0 milhões); açúcar refinado (+70,0%, de US$ 478,3 milhões para US$ 813,3 milhões); milho em grão (+44,8%, de US$ 79,1 milhões para US$ 114,6 milhões); farelo de soja (+43,3%, de US$ 375,1 milhões para US$ 537,6 milhões); carne bovina (+39,1%, de US$ 38,3 milhões para US$ 53,2 milhões); bexigas e estômagos de animais (+32,6%, de US$ 8,7 milhões para US$ 11,6 milhões); arroz semibranqueado, não parboilizado, polido, brunido (+21,8%, de US$ 8,2 milhões para US$ 10,0 milhões); carnes salgadas (+19,4%, de US$ 70,8 milhões para US$ 84,6 milhões); e soja em grão (+18,2%, de US$ 558,8 milhões para US$ 660,4 milhões).

Mercados de destino

As vendas externas das cooperativas alcançaram, no período janeiro-setembro de 2013, 139 países. Em 2012, este número indicou 133 países de destino. Por conta de sua participação no total das vendas do setor, merecem destaque os seguintes destinos: China (vendas de US$ 745,6 milhões, representando 15,9% do total); Estados Unidos (US$ 509,5 milhões, 10,9%); Emirados Árabes Unidos (US$ 354,8 milhões, 7,6%); Países Baixos (US$ 308,7 milhões, 6,6%); Alemanha (US$ 241,6 milhões, 5,2%); Japão (US$ 204,5 milhões, 4,4%); Arábia Saudita (US$ 170,7 milhões, 3,6%); Coreia do Sul (US$ 140,2 milhões, 3,0%); Hong Kong (US$ 133,0 milhões, 2,8%); Nigéria (US$ 101,1 milhões, 2,2%); Rússia (US$ 86,2 milhões, 1,8%); Itália (US$ 86,1 milhões, 1,8%); Argélia (US$ 83,3 milhões, 1,8%); Canadá (US$ 74,4 milhões, 1,6%); Reino Unido (US$ 73,7 milhões, 1,6%); Malásia (US$ 71,5 milhões, 1,5%); Espanha (US$ 68,9 milhões, 1,5%); Egito (US$ 67,9 milhões, 1,5%); Indonésia (US$ 64,7 milhões, 1,4%); França (US$ 63,8 milhões, 1,4%); África do Sul (US$ 59,5 milhões, 1,3%); Iêmen (US$ 57,6 milhões, 1,2%); Bélgica (US$ 57,5 milhões, 1,2%); e Angola (US$ 45,3 milhões, 1,0%).

Dentre os principais países de destino, aqueles com maiores crescimentos relativos, no período comparativo considerado, foram: Angola (+250,2%, de US$ 12,9 milhões para US$ 45,3 milhões); Bangladesh (+216,6%, de US$ 10,6 milhões para US$ 33,4 milhões); Iêmen (+206,0%, de US$ 18,8 milhões para US$ 57,6 milhões); Eslovênia (+195,1%, de US$ 14,7 milhões para US$ 43,5 milhões); Malásia (+182,7%, de US$ 25,3 milhões para US$ 71,5 milhões); Tailândia (+175,6%, de US$ 14,1 milhões para US$ 38,8 milhões); Indonésia (+80,2%, de US$ 35,9 milhões para US$ 64,7 milhões); Coreia do Sul (+59,2%, de US$ 88,1 milhões para US$ 140,2 milhões); Canadá (+56,6%, de US$ 47,5 milhões para US$ 74,4 milhões); Países Baixos (+44,2%, de US$ 214,0 milhões para US$ 308,7 milhões); França (+43,9%, de US$ 44,3 milhões para US$ 63,8 milhões); Emirados Árabes Unidos (+35,7%, de US$ 261,5 milhões para US$ 354,8 milhões); Hong Kong (+34,0%, de US$ 99,3 milhões para US$ 133,0 milhões); entre outros.

Zona Produtora (UF)

Nos nove meses de 2013, das 27 Unidades da Federação (UF), 22 realizaram exportações por meio de cooperativas. Em igual período de 2012, esse número registrou 20 UFs.

São Paulo foi o estado com maior valor de exportações de cooperativas, US$ 1.527,3 milhões, representando 32,5% do total das exportações deste segmento. Em seguida aparecem: Paraná (US$ 1.412,9 milhões, 30,1%); Minas Gerais (US$ 459,1 milhões, 9,8%); Santa Catarina (US$ 353,3 milhões, 7,5%); Mato Grosso do Sul (US$ 324,0 milhões, 6,9%); Mato Grosso (US$ 259,5 milhões, 5,5%); Rio Grande do Sul (US$ 177,2 milhões, 3,8%); e Tocantins (US$ 54,8 milhões, 1,2%).

Dentre os principais estados exportadores, Bahia foi o estado que apresentou o maior crescimento no ano (+333,4%, de US$ 3,8 milhões para US$ 16,5 milhões), seguido por: Espírito Santo (+92,5%, de US$ 3,3 milhões para US$ 6,4 milhões); Mato Grosso do Sul (+64,3%, de US$ 197,2 milhões para US$ 324,0 milhões); Rondônia (+60,5%, de US$ 17,6 milhões para US$ 28,3 milhões); Santa Catarina (+34,4%, de US$ 262,9 milhões para US$ 363,3 milhões); e Tocantins (+32,9%, de US$ 41,2 milhões para US$ 54,8 milhões).

Portos

As exportações por meio de cooperativas, no período de janeiro a setembro de 2013, foram conduzidas em 39 Portos, Aeroportos e Rodovias. Em 2012, este número totalizou 37.

O porto de Santos registrou o maior valor de exportações de cooperativas, US$ 2.227,5 milhões, o que representou 47,5% do total das exportações do segmento. Também aparecem: Paranaguá (US$ 1.760,3 milhões, 37,5%); Itajaí (US$ 337,3 milhões, 7,2%); Rio Grande (US$ 142,9 milhões, 3,0%); São Francisco do Sul (US$ 94,3 milhões, 2,0%); e Manaus (US$ 46,3 milhões, 1,0%).

O porto de Manaus apresentou o maior crescimento no período comparativo (+304,2%, de US$ 11,5 milhões para US$ 46,3 milhões), seguido por: Santa Helena (+104,2%, de US$ 3,4 milhões para US$ 6,9 milhões); São Francisco do Sul (+24,1%, de US$ 76,0 milhões para US$ 94,3 milhões); Itajaí (+21,2%, de US$ 278,2 milhões para US$ 337,3 milhões); Chuí (+20,9%, de US$ 9,0 milhões para US$ 10,8 milhões); e Santos (+10,3%, de US$ 2.020,4 milhões para US$ 2.227,5 milhões).

Empresas

De janeiro a setembro de 2013, 160 empresas cooperativas realizaram exportações: 7 (sete) exportaram valores acima de US$ 100 milhões, 9 (nove) com vendas entre US$ 50 e 100 milhões; 26 (vinte e seis) entre US$ 10 e 50 milhões; 15 (quinze) entre US$ 5 e 10 milhões; 39 (trinta e nove) entre 1 e 5 milhões; e 64 (sessenta e quatro) empresas com vendas abaixo de US$ 1 milhão.

Importações/Produtos

Entre os principais produtos importados pelas cooperativas, no acumulado de janeiro a setembro de 2013, destacam-se os seguintes: malte não torrado, inteiro ou partido (com compras de US$ 36,2 milhões, representando 12,5% do total importado pelas cooperativas); cevada cervejeira (US$ 35,6 milhões, 12,3%); cloretos de potássio (US$ 28,5 milhões, 9,8%); outros feijões comuns, pretos, secos, em grão (US$ 16,9 milhões, 5,8%); milho em grão (US$ 16,0 milhões, 5,5%); diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 12,7 milhões, 4,4%); máquinas e aparelhos para preparação de carnes (US$ 11,8 milhões, 4,1%); batatas preparadas ou conservadas, congeladas (US$ 11,1 milhões, 3,8%); soja em grão (US$ 9,9 milhões, 3,4%); ureia (teor N>45) (US$ 9,4 milhões, 3,2%); nitrato de amônio (US$ 8,9 milhões, 3,1%); arroz semibranqueado, não parboilizado, polido, brunido (US$ 7,7 milhões, 2,6%); hidrogeno-ortofosfato de diamônio (US$ 7,2 milhões, 2,5%); outros trigos e misturas de trigo com centeio (US$ 6,8 milhões, 2,4%); sulfato de amônio (US$ 5,0 milhões, 1,7%); concentrados de proteínas (US$ 3,6 milhões, 1,3%); arroz (“cargo” ou castanho), descascado, não parboilizado (US$ 3,3 milhões, 1,1%); e tripas artificiais de proteínas endurecidas (US$ 3,3 milhões, 1,1%).

No período comparativo, entre os principais produtos importados, verificaram-se crescimentos significativos nos seguintes itens: cevada cervejeira (de zero para US$ 35,6 milhões); malte não torrado, inteiro ou partido (de US$ 484,0 mil para US$ 36,2 milhões); outros feijões comuns, pretos, secos, em grão (+145,8%, de US$ 6,9 milhões para US$ 16,9 milhões); e batatas preparadas ou conservadas, congeladas (+46,0%, de US$ 7,6 milhões para US$ 11,1 milhões).

Mercados de origem

As compras externas das cooperativas foram originárias de 49 países nos nove meses de 2013. O número de países de origem totalizado, em igual período de 2012, foi 51. Por conta de sua participação no total das compras do setor, merecem destaque as seguintes origens: Argentina (compras de US$ 59,9 milhões, representando 20,6% do total); Paraguai (US$ 42,2 milhões, 14,5%); China (US$ 22,2 milhões, 7,6%); Alemanha (US$ 21,7 milhões, 7,5%); Rússia (US$ 19,0 milhões, 6,5%); Bélgica (US$ 16,4 milhões, 5,6%); Estados Unidos (US$ 14,7 milhões, 5,1%); Países Baixos (US$ 13,9 milhões, 4,8%); Israel (US$ 9,2 milhões, 3,2%); Uruguai (US$ 9,1 milhões, 3,1%); Canadá (US$ 7,6 milhões, 2,6%); Marrocos (US$ 7,0 milhões, 2,4%); Suécia (US$ 6,3 milhões, 2,2%); Japão (US$ 5,6 milhões, 1,9%); Espanha (US$ 4,8 milhões, 1,7%); Ucrânia (US$ 4,6 milhões, 1,6%); Chile (US$ 4,0 milhões, 1,4%); e Vietnã (US$ 3,1 milhões, 1,1%).

No período, entre os principais países de origem das compras, aqueles com maiores crescimentos relativos, destacam-se: Suécia (de US$ 160,7 mil para US$ 6,3 milhões); Argentina (+517,9%, de US$ 9,7 milhões para US$ 59,9 milhões); Canadá (+88,6%, de US$ 4,0 milhões para US$ 7,6 milhões); Países Baixos (+84,0%, de US$ 7,6 milhões para US$ 13,9 milhões); Bélgica (+72,8%, de US$ 9,5 milhões para US$ 16,4 milhões); Marrocos (+32,7%, de US$ 5,3 milhões para US$ 7,0 milhões); e China (+27,5%, de US$ 17,4 milhões para US$ 22,2 milhões).

Estado importador (UF)

No período de janeiro a setembro de 2013, das 27 Unidades da Federação (UFs), 13 realizaram importações por meio de cooperativas. Em igual período de 2012, esse número indicou 12 UFs.

O Paraná foi o estado com maior valor de importações via cooperativas, US$ 182,8 milhões, representando 63,0% do total das importações deste segmento. Em seguida aparecem: Santa Catarina (US$ 44,9 milhões, 15,5%); São Paulo (US$ 29,3 milhões, 10,1%); Rio Grande do Sul (US$ 20,1 milhões, 6,9%); Goiás (US$ 8,3 milhões, 2,9%); e Mato Grosso do Sul (US$ 2,1 milhões, 0,7%).

Paraná foi o estado que apresentou o maior crescimento no período comparativo (+86,8%, de US$ 97,9 milhões para US$ 182,8 milhões), seguido por Mato Grosso do Sul (+83,4%, de US$ 1,1 milhão para US$ 2,1 milhões).

Portos

As importações por meio de cooperativas, nos nove meses de 2013, foram conduzidas em 30 Portos, Aeroportos e Rodovias. No mesmo período de 2012, esse número totalizou 38.

O porto de Paranaguá movimentou o maior valor de importações de cooperativas, US$ 150,6 milhões, o que representou 51,9% do total das importações do segmento. Também aparecem: Foz do Iguaçu (US$ 28,6 milhões, 9,9%); Santos (US$ 28,0 milhões, 9,6%); São Francisco do Sul (US$ 23,6 milhões, 8,1%); Itajaí (US$ 10,6 milhões, 3,7%); Santa Helena (US$ 10,3 milhões, 3,6%); Jaguarão (US$ 8,7 milhões, 3,0%); Rio Grande (US$ 7,7 milhões, 2,7%); Pecém (US$ 4,4 milhões, 1,5%); Mundo Novo (Coronel Renato) (US$ 3,8 milhões, 1,3%); São Borja (US$ 3,7 milhões, 1,3%); Guaíra (US$ 3,5 milhões, 1,2%); dentre outros.

O porto de Pecém foi o que apresentou o maior crescimento no período comparativo (+295,9%, de US$ 1,1 milhão para US$ 4,4 milhões); seguido por: Paranaguá (+108,6%, de US$ 72,2 milhões para US$ 150,6 milhões); Mundo Novo (Coronel Renato) (+74,4%, de US$ 2,2 milhões para US$ 3,8 milhões); Foz do Iguaçu (+68,1%, de US$ 17,0 milhões para US$ 28,6 milhões); Rio Grande (+58,8%, de US$ 4,9 milhões para US$ 7,7 milhões); Itajaí (+44,6%, de US$ 7,3 milhões para US$ 10,6 milhões); dentre outros.

 

 

Empresas

No acumulado de janeiro a setembro de 2013, 125 empresas cooperativas realizaram importações: 1 (uma) importou entre US$ 50 e 100 milhões, 5 (cinco) importaram entre US$ 10 e 50 milhões, 4 (quatro) importaram entre US$ 5 e 10 milhões, 33 (trinta e três) importaram entre US$ 1 e 5 milhões e 82 (oitenta e duas) com compras abaixo de US$ 1 milhão.

Cumpre citar, ainda, que a maioria das cooperativas importadoras tem suas atividades relacionadas com o setor agropecuário e importam insumos agrícolas (fertilizantes, ração, entre outros insumos).

Fonte: MDIC

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