Exportações de automóveis caem 8% no ano com forte contração nas vendas para a Argentina

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Da Redação (*)

São Paulo – As exportações de automóveis tiveram uma queda e 34,5% no mês de setembro, comparativamente com o mesmo mês de 2017, caíram 29,7% em relação a agosto e acumulam uma retração de 8% nos nove primeiros meses do ano, em relaçao ao mesmo período do ano passado. A queda deveu-se, principalmente, à forte redução nos embarques para a Argentina, principal mercado para as montadoras brasileiras no exterior.

O país portenho, que antes respondia por 70% das exportações, reduziram as compras para 50% no mês passado. A busca por novos mercados para escoar a produção e o Chile aumentou em 22% as importações do Brasil. Os dados foram divulgados hoje (4) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Na avaliação de Antonio Carlos Megale, presidente da Anfavea, presidente da Anfavea, as montadoras têm ajustado a produção conforme a redução de exportações. Na comparação com agosto, houve queda de 23,5%.

De acordo com o balanço divulgado pela Anfavea, a venda de veículos novos no país foi de 213.339 unidades em setembro, crescimento de 7,1% na comparação com o mesmo mês no ano passado. O levantamento leva em consideração veículos leves, caminhões e ônibus.

Em relação a agosto, houve queda já esperada de 14,2%, devido ao número reduzido de dias úteis (quatro dias a menos). O acumulado de janeiro a setembro, registrou aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2017.

Em setembro foram produzidos 223.115 mil veículos, o que representa queda de 6,3% sobre setembro de 2017, reflexo da retração nas exportações para a Argentina, que passa por crise econômica.

O número de empregos no setor automotivo mostrou estabilidade, sem variação entre agosto e setembro deste ano. Em relação a setembro do ano passado, foi registrada alta de 3,6%. Em setembro, 132.480 pessoas eram funcionárias de montadoras.

Eleições

O presidente da Anfavea afirmou que a economia está descolada do cenário eleitoral brasileiro. “Temos muito mais incertezas no campo político que econômico”, disse. Segundo Megale, os indicadores macroeconômicos são positivos, com a taxa de juros e a inflação estáveis, e há oferta de crédito em crescimento pelos principais bancos. “Todos esses fatores nos levam a ter uma visão mais otimista”.

Diante da melhora na economia, a Anfavea refez as previsões para o final do ano. A projeção para o licenciamento de veículos foi revista de 11,7% para 13,7%. A produção, que pode ser afetada pela queda nas exportações, passou de 11,9% para 11,1%. As exportações devem ter um resultado pior, com revisão de zero para -8,6%.

(*) Com informações da Agência Brasil

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