Exportações e importações continuam em queda e balança comercial acumula superávit de US$ 47,6 bilhões

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Da Redação

Brasília –  A balança comercial brasileira acumula no período janeiro-outubro  um superávit de US$ 47,662 bilhões, contra um saldo de US$ 38,524 bilhões em igual período de 2019. O superávit resultou  de exportações no valor de US$ 174,379 bilhões e importações totalizando US$ 126,717. A expectativa é de que em 2020 o superávit comercial atinja US$ 55 bilhões.

Nas exportações, comparadas as médias de janeiro-outubro de 2020 com o mesmo período do ano passado houve queda de 6,5%. Em relação às importações, foi registrada uma retração de 14,7% nesses mesmos períodos. Os dados foram divulgados hoje (3) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Em relação ao mês de outubro, o resultado ficou dentro do intervalo das projeções de analistas, que previam saldo positivo de US$ 2,80 bilhões a US$ 6,60 bilhões. O desempenho, porém, ficou abaixo da mediana das expectativas, que indicava superávit de US$ 6,061 bilhões. Em outubro de 2019, o saldo positivo da balança havia ficado em US$ 2,549 bilhões.

De acordo com a Secex, o saldo positivo foi causado pela estabilidade das exportações, enquanto as importações voltaram a registrar forte queda na média diária em comparação a outubro de 2019. Em valores absolutos, as exportações somaram US$ 17,855 bilhões em outubro, enquanto as importações ficaram em US$ 12,383 bilhões.

Por outro lado, a média diária das importações ficou em US$ 619,1 milhões, queda de 20% em relação a outubro de 2019, com tombo de 44,6% na indústria extrativa e de 19,5% na indústria de transformação. A média diária de importações da agropecuária cresceu 3,0%, sempre na comparação com outubro de 2019.

Ao apresentar os dados da balança comercial, o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, avaliou que há uma recuperação gradual nas importações. “Apesar dessa nova queda em outubro, a trajetória das importações é ascendente desde junho, quando a média diária foi de US$ 497,6 milhões. Há recuperação gradual do montante de importações”, afirmou.

O subsecretário destacou a recuperação nos preços do minério de ferro com a alta demanda asiática. “Açúcar, etanol, celulose, carne suína também cresceram, assim como aeronaves e veículos de passageiros”, acrescentou.

Em relação às exportações, houve ligeiro crescimento de 0,3%, puxada pela indústria extrativa, que teve alta de 7,2%, enquanto as vendas da indústria de transformação aumentaram 4,7%. Por outro lado, a agropecuária teve um recuo de 20,6%% na média diária.

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