Exportações para China sobem 31,01% no bimestre mas balança tem déficit de US$ 806 milhões

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Da Redação

Brasília – As exportações brasileiras para a China, maior parceiro comercial do Brasil em todo o mundo, registraram uma forte alta de 31,01% em fevereiro comparativamente com o mês de janeiro e totalizaram US$ 1,822 bilhão. No bimestre, as vendas brasileiras para o país asiático somam US$ 3,213 bilhões e a China foi o destino final de 13,07% de todo o volume exportado pelo País. Em 2016, os chineses importaram 18,63%  de todos os bens vendidos pelo Brasil no exterior. Apesar da alta nas exportações brasileiras, no primeiro bimestre do ano, as trocas entre os dois países totalizaram US$ 7,232 bilhões e a China obteve um superávit de US$ 806 milhões.

Enquanto as exportações brasileiras tiveram uma aceleração expressiva, as vendas chinesas seguiram trajetória oposta e em fevereiro  comparativamente com janeiro e despencaram 25,65% passando de US$ 2,305 bilhões para US$ 1,714 bilhão.  A China respondeu por 19,48% das importações brasileiras no período.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações para a China seguem marcadas por uma forte concentração num restrito grupo de produtos primários. Apenas três deles –soja, minérios de ferro e petróleo- foram responsáveis por 54,05% do total das exportações brasileiras para o gigante asiático. Em igual período do ano passado, esse percentual foi de 60,32%.

O principal destaque no comércio com os chineses nos dois primeiros meses deste ano foi o salto de 247,90% registrado nas exportações de soja. No período janeiro-fevereiro de 2015 essas vendas geraram receita de apenas US$ 193 milhões e este ano subiram para US$ 672 milhões.

O aumento das exportações brasileiras  deveu-se, além da soja em grão, às vendas de celulose, carnes, catodos de cobre, açúcar em bruto, minério de cobre, construções de ferro fundido, milho em grãos, quadros/painéis de energia,couros,  minério de manganês, aquecedor/secador e suco de laranja congelado.

Em contrapartida, a pauta exportadora chinesa para o Brasil mostrou-se, como sempre, não apenas diversificada mas também fortemente concentrada em produtos industrializados, de maior valor agregado. Os dois principais itens vendidos pela China ao Brasil –barcos-faróis/guindastes/doas/diques flutuantes e outra partes para aparelhos de telefonia/telegrafia responderam por  apenas 16,81%.

A queda de 25,65% nas exportações totais chinesas para o Brasil deveu-se à retração nas vendas de outras partes par aparelhos de telefonia/telegrafia (-41,16%), outras partes para aparelhos receptores de radiodifusão/televisão (-65,06%) e terminais portáteis de telefonia celular (-38,30%), entre outros.

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