Importações desabam 36,1% e balança comercial tem superávit de US$ 1,655 bilhão na 2ª. semana de julho

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Brasília – A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,655 bilhão e corrente de comércio de US$ 6,764 bilhões, na segunda semana de julho de 2020 – com cinco dias úteis –, como resultado de exportações no valor de US$ 4,21 bilhões e importações de US$ 2,554 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (13/7) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

No ano, as exportações totalizam US$ 108,638 bilhões e as importações, US$ 83,341 bilhões, com saldo positivo de US$ 25,298 bilhões e corrente de comércio de US$ 191,979 bilhões.

Confira os dados completos da balança comercial 

Análise do mês

Nas exportações, comparadas a média diária até a segunda semana de julho de 2020 (US$ 864,85 milhões) com a de julho de 2019 (US$ 876,13 milhões), houve queda de -1,3%, em razão da diminuição nas vendas na Indústria Extrativa (-2,6%) e de produtos da Indústria de Transformação (-8,1%). Por outro lado, houve aumento nas vendas em Agropecuária (+18,7%).

A queda nas exportações foi puxada, principalmente, pela diminuição nas vendas dos seguintes produtos da indústria extrativista: óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-29,3% ); outros minerais em bruto (-21,4%); outros minérios e concentrados dos metais de base (-12,6%); minérios de alumínio e seus concentrados (-25,7%) e pedra, areia e cascalho (-8,3%). já em relação aos produtos da indústria de transformação, a queda nas exportações foi puxada, principalmente, por ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (-67,4%); produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-50,7%); obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (-71,4%); instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores, e suas partes (-55,2%) e carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (-18,6%).

Nas importações, a média diária até a segunda semana de julho de 2020 (US$ 493,03 milhões) ficou -36,1% abaixo da média de julho do ano passado (US$ 772,15 milhões). Nesse comparativo, caíram os gastos, principalmente, com Agropecuária (-15,6%), com produtos da Indústria de Transformação (-34,7%) e com a Indústria Extrativista ( -58,9%).

A queda das importações foi puxada, principalmente, pela diminuição dos gastos com os seguintes produtos agropecuários: látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-62,0%); trigo e centeio, não moídos (-14,3% ); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (-42,2%); frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-21,4%) e milho não moído, exceto milho doce (-65,1%). Já na Indústria de Transformação, a queda das importações ocorreu devido à diminuição dos gastos com a compra de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (-74,5%); plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-97,4%); obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (-40,2%); partes e acessórios dos veículos automotivos (-65,8%) e veículos automóveis de passageiros (-71,9%).

Por fim, também caíram os gastos com as compras dos seguintes produtos da indústria extrativista: óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-38,2%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-70,6%); gás natural, liquefeito ou não (-100,0%); minérios de cobre e seus concentrados (-100,0%) e outros minérios e concentrados dos metais de base (-75,8%).

(*) Com informações da Secex/Ministério da Economia

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