Brasília – Os governos federal, estaduais e municipais vão investir juntos R$ 23 bilhões em projetos e ações de mobilidade urbana, melhoria de portos e aeroportos e na construção de estádios para a Copa 2014. A informação foi dada pelo diretor do Departamento de Planejamento e Avaliação do Ministério do Turismo, José Augusto Guedes Falcão, nesta quarta-feira (6), em Brasília, durante a 12ª edição do Seminário Copa 2014. Para participantes, o megaevento mundial de futebol irá representar uma maré grande de oportunidades para grandes, médias, pequenas e micro empresas.
José Augusto afirmou ainda que, a organização do Brasil para receber a Copa de 2014 conta com um comitê gestor, formado por cinco ministérios, e oito câmaras temáticas, responsáveis por tratar de peculiaridades das 12 cidades-sede, com foco em diferentes áreas, como gastronomia, turismo e meios de hospedagem, e na decisão de investimentos dos recursos”, disse.
A capital federal fecha o ciclo de seminários que foram realizados nas 12 cidades-sede da Copa, reunindo mais de seis mil convidados. Durante o encontro, gestores públicos e privados debatem com empresários, representantes do comércio varejista, governos e profissionais de tecnologia sobre as necessidades de ações estruturais para realizar o evento nas cidades selecionadas. José Augusto elogiou a realização dos seminários, que integram o projeto Copa 2014, realizado em parceria com instituições como o Sebrae e a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).
Do valor total de investimentos citados por José Augusto, R$ 740 milhões serão alocados na instalação e ampliação dos terminais marítimos de passageiros em Fortaleza (CE), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP). Segundo Fabrizio Pierdomenico, da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República, “os recursos devem entrar no orçamento geral da União de 2011 para que as obras se iniciem”.
Micro e pequenas
O coordenador nacional da área de Turismo do Sebrae, Dival Schimidt, disse que as unidades do Sebrae nas 12 cidades-sede da Copa estão trabalhando juntas para identificar novas oportunidades de negócios, aprimorar os empreendimentos já existentes e assegurar um legado às micro e pequenas empresas a partir do evento.
No total, o Sebrae e seus parceiros preveem um investimento de R$ 50 milhões nas ações voltadas para preparar as MPE para a Copa 2014. “Priorizamos sete setores, entre eles, turismo, agronegócios, comércio varejista e serviços”, afirmou. Também esteve presente ao encontro o superintendente do Sebrae no Distrito Federal, José Carlos De Luca.
Tecnologia em foco
O diretor-geral do projeto Copa 2014 da CNDL, Marcelo Castro, comparou o evento esportivo a um “tsunami de oportunidades”. “Está prevista a vinda de 12 milhões de pessoas no País por conta do torneio. A disponibilidade de tecnologia será essencial para o sucesso do evento. Por exemplo, com a redução de lugares nos estádios e o alto custo dos ingressos, a grande massa vai assistir aos jogos via meios digitais”, disse ele. “Já tive a informação de que na Copa 2014, os celulares vão estar com TV digital”, anunciou.
“Temos uma oportunidade única de mostrar a capacidade do Brasil e de seu povo de se organizar e promover grandes eventos mundiais. Isso pode se refletir em futuros investimentos no País e na forma como as grandes corporações vão olhar o Brasil daqui pra frente”, ressaltou Marcelo Castro
O presidente do CNDL, Roque Pellizzaro, afirmou que as oportunidades que já estão surgindo representam um vasto campo de atuação para as micro e pequenas empresas – e a oferta de produtos e serviços com tecnologia não foge à realidade dessas empresas.
“A Confederação tem 800 mil empresas filiadas. Dessas, 95% são micro e pequenas empresas que acham que estão fora das oportunidades que estão por vir. A próxima Copa será à Copa da tecnologia. É preciso que o empresário se abra para essas novas mudanças. A tecnologia é mais barata do que se imagina. Temos o twitter a custo zero, existem softwares baratos, sites na internet, como o Google, que dão visibilidade às empresas a custo zero”, ressaltou.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias