Levantamento da Conab estima produção de cana em 651,51 milhões de toneladas

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Brasília A previsão da safra de cana-de-açúcar que está sendo moída pela indústria sucroalcooleira, este ano, é de 651,51 milhões de toneladas. Se confirmada, haverá aumento de 7,8% na produção total em relação ao ciclo 2009/2010, mantendo, ainda, o recorde nacional. O resultado faz parte do segundo levantamento da safra divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (2). A elevação desses números se deve, além da entrada em operação de novas usinas em alguns estados do Centro-Sul, ao bom regime de chuvas no ano passado que, por outro lado, prejudicou a colheita anterior.

Em agosto, a colheita, ainda em fase intermediária, atingiu 60% da maior parte dos canaviais. Do total de cana a ser esmagada, 54,9% (357,5 milhões t) são destinadas à produção de 28,4 bilhões de litros de álcool. Deste volume, 20,2 bilhões de litros são do tipo hidratado e 8,2 bilhões do anidro. Os 45,1 % (294 mil t) restantes vão para a produção de 38,1 milhões t de açúcar. Na safra 2009/2010, foram produzidas 33 milhões t do produto. O consumo interno deve chegar a 11,11 milhões t, somando consumo direto mais produtos industrializados.

Comparado ao primeiro levantamento, realizado em abril, houve redução de 2%. A produtividade média também caiu 2,8% sobre a pesquisa anterior, passando agora a 79,8 toneladas por hectare. O motivo é a estiagem nas áreas produtivas da região Centro-Sul, desde abril, que prejudicará também o desenvolvimento da cana a ser colhida na próxima safra.

Área

A área destinada ao setor sucroalcooleiro chega a 8,2 milhões de hectares ou 10,2% a mais que a anterior. O estado de São Paulo continua com a maior parte da área, com 4,4 milhões ha. Em seguida vêm Minas Gerais (706 mil ha), Paraná (613,7 mil ha), Goiás (599,3 mil ha) e Alagoas (438,6 mil ha). O total dessa área ocupa apenas 0,95% do território nacional.

A pesquisa de campo foi realizada por 42 técnicos, entre os dias 1º e 20 de agosto, em todos os estados produtores. Foram entrevistados representantes de usinas, entidades de classe, associações e cooperativas.

Fonte: Conab

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