Mato Grosso registra uma queda de 500 mil toneladas na produção de milho

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Cuiabá – A produção de milho de Mato Grosso está cerca de 500 mil toneladas menor nesta temporada. A estimativa negativa consta no levantamento da Conab. Conforme os dados, o Estado deverá produzir 7,562 milhões de toneladas do grão nesta safra, cujo volume é 6,4% inferior ao registrado no ciclo passada, quando a produção alcançou 8,081 milhões de toneladas. O desempenho decrescente também é observado na produtividade no grão, que nesta safra deverá ser até 20% a menos que a do plantio passado, ou seja, deverá reduzir de 4,926 mil por hectare para 3,940 mil/ha.

O consultor econômico da Aol Rural, Amado de Oliveira Filho, explica que a falta de rentabilidade do setor é um dos motivos que vem prejudicando a produção de milho no Estado. Ele ressalta que o governo deveria promover políticas mais eficazes para auxiliar a plantio da cultura. Para o economista a realização dos leilões de prêmios não são satisfatórios. “Os últimos leilões mostram que o produtor não está percebendo vantagem em contar com o incentivo”. Outro agravante para a produção do cereal, que acaba sendo aliviado pelos leilões é a falta de locais para estocar a produção.

Segundo leilão – Mato Grosso comercializou 60% do milho ofertado no segundo leilão de prêmio realizado pela Conab nesta terça-feira (8). Das 600 mil toneladas passíveis a negociação apenas 360,903 mil/t foram vendidas na modalidade Prêmio para Escoamento da Produção (PEP). Apenas as regiões Norte, Centro-Norte e Centro-Sul conseguiram comercializar toda a produção ofertada que foi de, respectivamente, 165 mil toneladas, 115 mil/t e 70 mil/t. A região Oeste de Mato Grosso comercializou apenas 7,90% de um total de 100 mil/t oferecidas no leilão. Situação semelhante ocorreu nas regiões Nordeste, que vendeu 4% de 25 mil toneladas, e na Sudeste, que comercializou 1,60% de um volume de 125 mil toneladas.

O produto negociado não poderá ter como destino final os Estados que compõem as Regiões Sul, Sudeste (exceto norte de Minas Gerais e Espírito Santo, para onde o escoamento será permitido) e Centro-Oeste, e os Estados da Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia e Tocantins. No primeiro leilão PEP, o Estado vendeu 69% de um total 600 mil toneladas passíveis a negociação, totalizando a comercialização de 411,2 mil toneladas. Por causa dos baixos preços, apenas a região Nordeste do Estado alcançou o preço mínimo do milho, este ano cotado em R$ 13,98. O prêmio na região ficou em R$ 5,04. Já na região Oeste, o prejuízo foi de R$ 1,36 por saca.

Fonte: A Gazeta

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