Mercado financeiro projeta queda na balança comercial e prevê superávit de US$ 49,47 bilhões

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Da Redação (*)

Brasília – Pela primeira vez nos últimos meses, analistas consultados pelo Branco Central (BC) projetam uma baixa nas estimativas do resultado da balança comercial brasileira, que permanecia estabilizada apostando em um superávit (exportações menos importações) no total de US$ 50 bilhões e agora estimam um saldo de US$ 49,47 bilhões.

De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo BC, a estimativa para o superávit em 2017 continua em trajetória de queda e depois de atingir US$ 50 bilhões voltou a cair, pela quarta semana consecutiva e a expectativa é de um saldo e US$ 45,92 bilhões na balança comercial para o próximo ano.

Por outro lado, os analistas das instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram, pela terceira vez seguida, a projeção de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, de 7,25% para 7,23%. Para 2017, a projeção foi mantida em 5,07%. Essas estimativas são da pesquisa Focus, elaborada pelo BC com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.

Mesmo com as reduções, a estimativa para a inflação em 2016 estoura o teto da meta, que é 6,5%. Para 2017, a projeção não supera o teto da meta (6%), mas ultrapassa o centro, que é 4,5%.

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

 Por outro lado, quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.

Desde julho de 2015, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, no maior nível desde outubro de 2006. As instituições financeiras mantiveram a projeção para a Selic em 13,75%, ao final deste ano, e em 11%, no fim de 2017.

A projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, se mantevem em 3,14%, este ano. Para 2017, a expectativa de crescimento também não foi alterada: 1,30%.

(*) Com informações da Agência Brasil

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