São Paulo – A pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe instabilidade para vários setores, que precisaram se adaptar para manter o faturamento durante este período tão atípico. Uma das áreas mais afetadas por conta da doença foi o setor de viagens, que desacelerou como medida essencial para conter o número de contaminações. Neste cenário, surgiram novas tendências para o momento de viajar, com práticas que devem se manter durante 2021.
Segundo pesquisa realizada pela agência virtual de turismo ViajaNet, Recife foi o destino nacional favorito dos brasileiros que viajaram de avião durante 2020. O levantamento analisou o volume total de passagens aéreas vendidas para o Brasil entre janeiro e novembro do ano passado e constatou que Recife, Salvador e Fortaleza foram as cidades nacionais mais procuradas.
O turismo regional e para destinos em meio à natureza foi uma tendência que cresceu durante o ano da pandemia. A busca por locais mais próximos, que poderiam ser visitados de carro, ou opções a céu aberto, como praias desertas e cachoeiras, foi uma estratégia criada para fugir das aglomerações, mas ainda assim aproveitar um período de lazer fora de casa.
Esse movimento deve continuar em 2021, já que muitos lugares do Brasil voltaram a tomar medidas por conta do aumento de casos da doença.
Tendência para o setor é de crescimento em 2021
Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), já foi possível notar um crescimento nos números do setor nos meses finais de 2021. Em setembro, o setor de turismo no Brasil voltou a crescer, para R$ 12,8 bilhões, registrando o quinto mês seguido de recuperação e o melhor número desde o início da quarentena. Apesar da melhora, os números ainda estão abaixo do registrado no mesmo período em 2019.
Com mais pessoas na rua e o aumento da confiança dos consumidores, os números voltaram a crescer. A expectativa é de que essa tendência continue durante 2021, especialmente porque muitas pessoas adiaram viagens que estavam planejadas para os primeiros meses da pandemia e não desejam perder passagens ou reservas já contratadas.
A recuperação completa do setor ainda depende de muitos fatores e não deve acontecer de maneira imediata. O aumento no número de casos da doença no Brasil, por exemplo, é um fator que pode afetar o crescimento.
Em meio a este cenário, é muito importante que as empresas que dependem do turismo, como hotéis, restaurantes e lojas, continuem preparadas para garantir o faturamento enquanto a situação não se normaliza por completo. Agora, a prioridade deve ser estruturar as mudanças feitas durante os primeiros meses de pandemia, como medidas para evitar aglomeração, atendimento unificado, investimento em tecnologia e a criação de uma reserva de emergência.
Também é essencial que a população tenha bom senso e planeje a viagem com cuidado, diminuindo aglomerações e evitando visitar cidades que não têm estrutura para lidar com a doença em caso de crescimento no número de pessoas contaminadas.
(*) Com informações da Confederação Nacional do Comércio