“A gestão tem que ser feita de forma colaborativa”, diz Mauro Vivaldini, consultor e professor da UNIMEP
São Paulo – Os serviços de logística precisam estar mais alinhados com a política da empresa. Essa foi a orientação principal que conduziu os debates do Comitê de Logística realizado nesta quinta-feira (18) na Amcham São Paulo. Na maioria dos casos, a busca por agilidade e baixo custo são os únicos fatores observados pela companhia na hora de terceirizar. Mas o importante é conhecer cada um desses provedores contratados e manter um relacionamento estreito com eles, recomendou Mauro Vivaldini, consultor e professor da UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba).
Ele explicou que a primeira estratégia é analisar a demanda. “O grande exercício é ter uma percepção dessa demanda mais próxima da realidade, para que seja possível ter uma vantagem competitiva sobre a concorrência”, disse ele. O estudo do consultor indica que existe um ciclo compreendido pelo entendimento do público consumidor e, a partir disso, identificar os desafios para a gestão da cadeia de suprimentos e de vendas.
Para o professor, é preciso construir um eixo de relacionamento com as fornecedoras de logística. E, para que haja sucesso, criar uma aliança baseada na observação apurada de cada provedor e em investimentos nos campos de logística: armazenagem, transporte, apoio e informação. “E esse eixo de integração só pode ser estabelecido por uma gestão colaborativa”, explica Vivaldini.
O outro lado da moeda
Esse conceito de gestão colaborativa é fortalecido principalmente no relacionamento entre cliente e fornecedor. Para Percival Margato Júnior, diretor-presidente da Abrange Logística, que oferece serviços do segmento há mais de 27 anos, a terceirização deve ser compreendida como uma “terceira ação”, como se o prestador de serviços fosse um organismo que realmente faz parte da empresa. “Quanto mais estratégico e menos operacional, mais a relação estará fortalecida”, defendeu.
Ele disse que o sucesso desse modelo de administração depende muito do provedor de logística. Por isso, é preciso desenvolver uma visão de curto, médio e longo prazo. “Uma gestão baseada no planejamento, controle, informação e cobrança”, complementa Margato Júnior. Dessa forma, é necessário entender toda a operação do cliente para que sejam identificadas as fragilidades dos controles internos e o mapeamento das ações realizadas no futuro.
Fonte: Amcham