Cuiabá – Mais do que um megaevento esportivo, a Copa do Mundo de 2014 será um acontecimento que abrirá grandes oportunidades econômicas, inclusive para o segmento das micro e pequenas empresas. “O mais importante é que a Copa vai melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Este será o grande legado”, afirmou o presidente em exercício do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, durante a abertura do Seminário Internacional Copa 2014, na manhã desta quinta-feira (23), no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. A capital matogrossense, que será uma das cidades sedes da competição.
Falando para um público de cerca de 700 pessoas, Carlos Alberto destacou ainda o trabalho de preparação que está sendo feito para que a Copa transcorra sem falhas. “Não podemos ter dúvidas. Tudo vai dar certo, porque estamos trabalhando muito e de forma correta”, disse.
Oportunidades
Segundo ele, os setores da economia que terão mais relevância nestes quatro anos que antecedem a Copa de 2014 serão construção civil (mobilidade urbana, hotelaria, aeroportos e estradas), tecnologia de informação e comunicação (que passará por um grande processo de modernização), turismo (destinos, cultura, artesanato e gastronomia) e comércio varejista, o que garante espaço para as micro e pequenas empresas neste processo.
Carlos Alberto salientou que o fato de Cuiabá estar em estágio bem avançado de preparação estimula os organizadores das outras cidades sedes, cujos representantes estão na capital mato-grossense participando do seminário.
Experiência
Para o superintendente do Sebrae em Mato Grosso, José Guilherme Barbosa Ribeiro, para que um evento seja bem feito e de forma correta, é preciso se valer do conhecimento de quem já tenha realizado algo semelhante ou tenha experiência naquilo que vai ser feito. “Por isso, estamos realizando este seminário, com profissionais que participaram das Copas de 2006 e 2010, da Eurocopa de 2004 e que irão participar das Olimpíadas de Londres, em 2012”, afirmou.
Barbosa Ribeiro alertou que a Copa do Mundo de Futebol é um grande negócio e, que, por isso, a iniciativa privada tem que estar preparada para ela. “Não adianta o Sebrae, a Agecopa e o poder público fazerem a sua parte se as micro, pequenas, médias e grandes empresas não forem competitivas. Neste sentido, o mundo empresarial tem que se engajar de corpo e alma para que o evento seja um sucesso para todos os brasileiros”, completou.
Faturamento
O diretor de Articulação Interinstitucional da Agecopa (Agência de Execução dos Projetos da Copa do Pantanal), Agripino Bonilha Filho, falou sobre a amplitude de uma Copa do Mundo realizada pela Fifa, que gera um faturamento anual é em torno de US$ 3,6 bilhões.
“Por isso, a Fifa não pode admitir falhas, porque é a sua própria existência que está em jogo”, afirmou Bonilha, acrescentando que na África do Sul foram geradas 73 mil horas de TV, cujas imagens foram transmitidas para 214 países, num total de 27 bilhões de espectadores (mais de quatro vezes a população total da Terra).
“É isso que vai acontecer conosco. Não apenas o nosso Pantanal será conhecido em todo mundo, como também a economia mato-grossense, que é responsável por 6% de toda a exportação brasileira”, concluiu.
Palestras
O Seminário Internacional Copa 2014 é uma realização do Sebrae em Mato Grosso em parceria com a Agecopa. Foram convidados seis palestrantes estrangeiros – Erwin Saile e Julia Bickmann (Alemanha), Brett Dungan e Sake Van Der Wal (África do Sul), Luiz Silva (Portugal) e Dan Epstein (Inglaterra).
Enquanto os cinco primeiros abordaram, respectivamente, as experiências vividas nas copas do Mundo de 2006 e 2010 e da Eurcopa de 2004, o inglês Dan Epstein falou sobre o que está feito para que a Olimpíada de 2006, em Londres, seja a mais sustentável de toda a história dos jogos.
Fonte: Agência de Notícias Sebrae