Presidente da Aprosoja Brasil é empossado e considera desentrave logístico prioritário em sua gestão

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Na foto, o novo presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale, fala sobre os desafios da nova gestão. (Foto: Assessoria de Imprensa da Aprosoja Brasil)

Campo Grande – Destravar o gargalo logístico brasileiro, que inclui os portos mais atrasados e caros do Planeta. O compromisso é do novo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Almir Dalpasquale, ao tomar posse da entidade nesta quarta-feira (21), em Brasília. Produtor rural em São Gabriel do Oeste (MS) e diretor tesoureiro da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), Dalpasquale substitui o também produtor rural de Mato Grosso, Glauber Silveira.

Junto com a ineficiência portuária, o dirigente destacou a necessidade da modernização de estradas que travam o desenvolvimento econômico. “O produtor rural brasileiro se depara com estradas intransitáveis e estruturas de trinta anos atrás. O que ocorre é a modernização do agricultor e a multiplicação da produção e, por outro lado, a falta de investimentos dignos da categoria que sustenta economicamente o País”, realçou Dalpasquale.

Declarando apoio ao novo dirigente, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, pontuou desafios que exigirão dedicação conjunta. “Precisamos juntos buscar a agilidade da máquina pública e despertar o Governo, que não investe em logística há 30 anos, sobre as oportunidades ferroviárias e hidroviárias,” afirmou a senadora. A busca por novos mercados internacionais, a agilidade nos registros de defensivos agrícolas, legislação trabalhista e invasões indígenas nas regiões produtivas do País, também foram citadas pela presidente da CNA como pontos merecedores de toda atenção do setor.

Sobre a atuação da Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem provocado danos à produção agropecuária, Kátia Abreu foi incisiva. “Não adianta sanar o conflito na base, é preciso reestruturar a Funai e torná-la republicana, atingindo o câncer no seu foco” finalizou.

Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Luiz Carlos Heinze, o setor agropecuário se manterá como base da economia do País por muito tempo. “O papel da Aprosoja Brasil está estreitamente ligado à valorização do produtor rural. Se o Brasil comemora atualmente o saldo da balança comercial, o fator se deve à soja, carro chefe das exportações”.

Durante a cerimônia de posse da nova diretoria da Associação, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi citada como responsável pelos avanços no setor agrícola. “Se olharmos quarenta anos atrás fica fácil a visualização da evolução na agricultura, promovida pela Embrapa em conjunto com entidades que trabalham pela economia nacional”, reforçou o representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Gerardo Fontelles.

Também presente na posse, o senador Waldemir Moka, enfatizou seu orgulho sobre a produção de grãos e atuação das lideranças sul-mato-grossenses. “Mato Grosso do Sul tem um potencial de formação de lideranças que merece destaque no cenário nacional. Não produzimos apenas grão. Além da produção diversificada contamos com pessoas competentes, que lutam por princípios”, disse Moka, referindo-se ao novo dirigente.

Junto com Dalpasquale, assume como vice-presidente da Aprosoja Brasil pelo biênio 2014-2016 o atual vice-presidente da Aprosoja/MT, Ricardo Tomczyk. A Aprosoja Brasil tem representações nos principais estados produtores de grãos, congregando atualmente com 12 entidades estaduais que desenvolvem ações específicas em cada estado.

Fonte: Aprosoja

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