Produtores de nove países discutem no Rio de Janeiro o futuro das oleaginosas no mundo

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Lideranças das entidades produtoras e exportadoras de oleaginosas (soja, palma, canola) de vários países estão reunidas no Brasil para discutir sobre o aumento da oferta para atender à demanda maior de alimentos, de biocombustíveis e acesso a mercados. Trata-se do Diálogo Internacional de Produtores de Oleaginosas (XII – IOPD, sigla em inglês), que pela primeira vez é realizado no país. A reunião é feita a cada dois anos e em 2008 ocorreu em Berlim, na Alemanha.

O encontro está sendo realizado no Rio de Janeiro e prossegue até esta terça-feira (15.06), com a presença de 14 associações do Brasil, Estados Unidos, França, Argentina, Canadá, Paraguai, Alemanha e Inglaterra, e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A organização é da Associação Americana de Produtores de Soja (ASA) e da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso Aprosoja/MT.

A abertura da reunião foi feita pelo anfitrião brasileiro Glauber Silveira, presidente da Aprosoja/MT e da Aprosoja Brasil. “Estamos aqui para trocarmos informações e porque precisamos desse intercâmbio para entendermos melhor a movimentação dos mercados fornecedores e compradores de oleaginosas e suas respectivas peculiaridades”.

A logística foi o tema da palestra de Glauber, ao apresentar a infraestrutura de transporte brasileira e, principalmente, a mato-grossense como um dos maiores complicadores para a competitividade da produção de soja. Segundo o presidente da Aprosoja, o país utiliza apenas 25% da capacidade hidroviária para escoar a produção de grãos, o que onera significativamente o custo do transporte.

O presidente da Associação Americana dos Produtores de Soja, Alan Kemper, lembrou a importância e os desafios que os produtores de oleaginosas terão pela frente. “Teremos uma população mundial de 9 bilhões de pessoas, em 2050, e precisamos buscar o diálogo para encontrar soluções para os pontos que temos em comum relacionados à sustentabilidade e à melhoraria do desenvolvimento de mercados”.

Na linha da sustentabilidade, o presidente da Comissão de Sustentabilidade Socioambiental, Ricardo Arioli, apresentou a legislação ambiental brasileira e traçou um paralelo com as regras existentes em outros países.

“A importância das oleaginosas no mundo vem crescendo e é fundamental continuarmos a nos reunir nos próximos anos para discutir o futuro dessas culturas que formam o principal grupo exportador global do agronegócio”, pontuou Pilippe Dusser, da Federação Francesa dos Produtores de Oleaginosas e Proteaginosas.

Fonte: Assessoria de Imprenssa da Aprosoja/MT

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